O número de contaminações pelo vírus das hepatites B e C, os tipos mais graves, representa, nos primeiros seis meses deste ano, 20% do total de casos registrados no estado em 2011. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Para a coordenadora estadual de DST, Aids e Hepatites Virais, Fernanda Junqueira, o avanço da doença em Minas está ligado à falta de um programa específico para o controle da doença. “A subnotificação ainda é muito alta. Isso faz com que a doença avance”, disse. Uma campanha maciça, entretanto, deve ser iniciada pela SES em função do Dia Mundial do Combate às Hepatites Virais, comemorado amanhã.

A Secretaria Municipal de Saúde não informou, ontem, quantos casos de hepatite foram registrados este ano em Belo Horizonte. Ruth Peixoto, presidente da Associação Mineira de Portadores do Vírus de Hepatites B e C (Amiphec), que realizou, ontem, na Praça 7, panfletagem sobre cuidados com a doença, informou que testes para detecção da doença são feitos gratuitamente nos postos de saúde da capital. Os agendamentos devem ser feitos pelo telefone (31) 3277-7777.

O infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Abrão, ressalta a importância de cuidados simples para evitar o contágio. “É fundamental que se faça a higiene correta dos alimentos e que se tenha esgoto e água tratados. Também é importante evitar o compartilhamento de alicates, espátulas, seringas e usar camisinha”, observou.

Salões de beleza também exigem cuidado. Muitos estabelecimentos oferecem aos clientes kits estéreis contendo o material utilizado em manicure e pedicure. A consultora de beleza Márcia Andrade Melo, 35 anos, não abre mão dos acessórios esterilizados em autoclaves e, sempre que possível, leva seu próprio esmalte para o salão.

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