A Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG) anunciou na noite desta segunda-feira (13) que acionou a Justiça para garantir o funcionamento total do metrô de Belo Horizonte. Essa é uma resposta à greve anunciada pelos metroviários para a 0h desta terça-feira (14) e que afetará a totalidade dos erviço na capital.
“Informamos que já ajuizamos ação cautelar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-3) solicitando a manutenção do serviço de transporte, frente à comunicação de greve dos metroviários a partir de amanhã (terça)”, afirmou a CBTU na nota.
A companhia disse ainda que “solicitou ao desembargador que seja determinada uma multa diária em caso de descumprimento da decisão judicial".
“Pedimos que seja determinada a manutenção de toda a operação e funcionamento das estações, trens, escalas de trabalho e atividades operacionais, administrativas, de manutenção e de segurança”, apontou a CBTU.
Segundo Daniel Glória, secretário-geral do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), os representantes dos metroviários não têm conhecimento dessa ação cautelar.
“Também não fomos notificados ou chamados para uma reunião de mediação ou estabelecimento de uma escala mínima. Portanto, a greve permanece marcada para começar nesta terça e também realizaremos uma assembleia geral no mesmo dia, às 18h, na Estação Central, para discutir os encaminhamentos da greve", disse o secretário-geral.
De acordo com a CBTU-MG, a greve prejudicaria tanto os usuários habituais quanto a população que vai usar os trens nos deslocamentos durante o Carnaval 2023, que tem público previsto de cinco milhões de foliões.
“Várias ruas do Hipercentro serão fechadas para a passagem de pessoas, blocos e desfiles e o trânsito estará impedido para o transporte rodoviário e carros de aplicativo. Sendo assim, o metrô se torna o único meio de transporte público da região central”, argumentou a companhia.
Por sua vez, o presidente do Sindimetro afirmou que a paralisação é uma tentativa de “resguardar os direitos e os 1,6 mil empregos dos trabalhadores após a privatização, que deve começar a ocorrer após a assinatura do contrato de concessão em 10 de março".
Greve do metrô
Os metroviários decidiram pela greve em assembleia realizada na última sexta-feira (11). A paralisação terá início nesta terça (14). Ainda não há informação sobre a duração do movimento.
A reivindicação, neste momento, é pela revogação do leilão do metrô de BH, realizado em 22 de dezembro do ano passado e que foi vencido pela Comporte Participações S/A, de São Paulo, pelo valor de R$ 25.755.111.
A nova paralisação foi anunciada há menos de dois meses da última paralisação do serviço na capital. Em 14 de dezembro, o Sindimetro decidiu que as 19 estações não iriam operar. A greve total foi finalizada em 22 de dezembro, após o leilão da empresa.
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