A greve dos metroviários já dura oito dias em Belo Horizonte. E esse período, que incluiu o Carnaval, tem sido de prejuízo para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG), que já estima perda de R$ 6 milhões desde o início da greve em 15 de fevereiro.
Grande parte desse prejuízo, de acordo com a CBTU, se deve justamente ao não funcionamento durante o período carnavalesco. Em 2020, durante a festa na capital, o metrô transportou quase 800 mil pessoas, de sexta a terça. Só a estação da região Central de BH recebeu mais de 150 mil usuários no Carnaval desse ano. Em 2023, aproximadamente cinco milhões de foliões participaram dos desfiles dos blocos na capital.
Os metroviários estão com paralisação total do serviço desde 15 de fevereiro. Segundo a CBTU, em média, 100 mil pessoas utilizam o metrô diariamente.
Discussão
Em dezembro do ano passado, o metrô de BH foi privatizado em leilão realizado em São Paulo (SP). O grupo Comporte Participações S.A. venceu o certame.
Após a privatização, os metroviários optaram por realizar a paralisação. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) determinou que os servidores deviam manter uma escala mínima de 70% no funcionamento do serviço, mas os trabalhadores optaram por não aceitar a decisão e fazer a greve total.
No último sábado (18), o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), criticou a CBTU. Para ele, o órgão deveria ter impedido a paralisação dos metroviários em pleno Carnaval.
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