CDL pede à PBH aviso prévio de 30 dias em caso de aumento das passagens de ônibus
Segundo a entidade, medida permitirá que tanto a população quanto as empresas possam se preparar financeiramente
A possibilidade de aumento na tarifa dos ônibus do transporte público da capital, após o reajuste não ser descartado pelo superintendente de mobilidade Urbana da Prefeitura de BH, preocupa o comércio de Belo Horizonte. Em ofício enviado à administração municipal, nesta sexta-feira (20), a a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH) solicitou informações detalhadas sobre o possível reajuste e defendeu a necessidade de um aviso prévio de 30 dias para que a população e o setor produtivo possam se preparar.
O presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, alertou que um aumento repentino pode gerar impactos negativos para a economia. "Aumento de tarifa, neste momento, pode gerar reflexos desfavoráveis, desestimulando o consumo no comércio, pressionando ainda mais os orçamentos das famílias e prejudicando a mobilidade urbana", afirmou.
Souza e Silva ainda pediu uma mesa de negociação. "Defendemos que sejam discutidas outras alternativas sem onerar ainda mais a população e o setor produtivo”.
Segundo a CDL-BH, a falta de transparência e planejamento em relação aos reajustes tarifários gera insegurança às empresas, que precisam lidar com aumento nos custos do vale-transporte dos funcionários.
"A inesperada mudança de valor do carregamento dos cartões exige uma reorganização financeira imediata e não planejada, causando transtornos e dificuldades para as empresas de comércio e serviços", explicou Souza e Silva.
Aumento da tarifa de ônibus em BH
O último reajuste das tarifas ocorreu em dezembro de 2023, quando o valor da passagem de ônibus subiu de R$ 4,50 para R$ 5,25. A possibilidade de reajuste é analisada pela prefeitura.
“Reajuste na tarifa é uma decisão que ainda está em andamento. Nós temos um prazo até o final do ano para avaliar os cenários, avaliar o que aconteceu em 2024, os estudos ainda não estão concluídos”, afirmou o superintendente de mobilidade Urbana, André Dantas, na última quarta-feira (18).
Caso ocorra o aumento, ainda não há definição sobre os novos valores que serão cobrados dos usuários.