Cerca de 70 motociclistas fizeram um protesto, nesta quarta-feira (18), na rua Guajajaras, no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas e Ciclistas de Minas Gerais (Sindimoto-MG) e teve por objetivo reivindicar direitos trabalhistas e melhorias para a classe.
Segundo o motoboy Cristiano Pereira, de 40 anos, o grupo fechou o trânsito da via por aproximadamente 15 minutos nesta manhã. “Foi por pouco tempo, mas o suficiente para incomodar os motoristas”, disse.
Uma das reivindicações do grupo é o maior rigor por parte do Ministério Público do Trabalho na fiscalização dos direitos da categoria. “A maioria das empresas que contrata motociclistas não assina a carteira deles. Por causa disso, deixamos de receber benefícios como 13º salário, férias e o pagamento do INSS. Além disso, muitas empresas deixam de pagar o adicional noturno e o salário periculosidade”, disse Cristiano.
Foi pedido ainda a fiscalização de cooperativas, que, conforme Cristiano, "exploram" os serviços dos motociclistas. “As cooperativas pressionam para que os motoboys façam entregas muito rápidas, o que, por diversas vezes, termina em acidente”, destacou.
Outras reivindicações feitas foram a fiscalização dos motociclistas não legalizados, mais estacionamentos para as motocicletas e isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Em vários lugares, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belém e Porto Alegre, essa cobrança já foi suspensa. Não justifica o pagamento do IPVA porque usamos a moto para o trabalho”, afirmou Cristiano.
De acordo com Cristiano, a classe deverá fazer novas manifestações em abril.