
Pelo menos uma tonelada de carcaças de coco foi retirada nesse domingo (2) das 44 lixeiras instalados na Orla da Pampulha pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) de Belo Horizonte. A coleta foi feita por funcionários da RNV, empresa que presta serviços à SLU. Segundo o encarregado Sidney Cirilo, de 35 anos, a coleta será feita diariamente.
Apesar de oferecer uma opção correta de descarte para vendedores e consumidores, a destinação final das carcaças é a mesma dos outros tipos de resíduos gerados na capital: o aterro de Macaúbas, em Sabará. Por enquanto, os cocos descartados pelas pessoas não estão misturados a outros tipos de lixo.
No marco zero da Orla, onde foram instalados dez lixeiras, o empresário do setor de tecnologia da informação, Henrique Queiroz, chama atenção para um detalhe: em nenhuma delas há informação sobre o tipo de resíduo a ser descartado.
“Seria mais interessante se esse material fosse reaproveitado, em vez de seguir para o aterro”, afirma o empresário, que corre na orla nos fins de semana em companhia da namorada Reisla Fortini, analista de recursos humanos. Ela completa: “Não vejo vantagem nessa iniciativa. A reciclagem de resíduos é mínima em Belo Horizonte”.
Em frente à portaria 2 do Parque Ecológico da Pampulha, onde não foi instalada lixeira, a comerciante Ju Sonobe, de 65 anos, diz que a iniciativa da SLU é bem-vinda. “Mas será que vamos ter de pagar mais taxas por isso?”, indaga, revelando uma preocupação comum aos donos dos pontos de venda de água de coco na orla da lagoa.
Os 13 locais que receberam as lixeiras ficam próximos aos pontos de venda de cocos. Sidney Cirilo informa que a previsão da SLU é instalar outras 65, na região.