Cerco fechado em BH: fiscalização mais rigorosa lacra 26 estabelecimentos comerciais

Cinthya Oliveira*
cioliveira@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/11/2020 às 22:01.Atualizado em 27/10/2021 às 05:11.
 (Subsecretaria de FiscalizaçãoPBH)
(Subsecretaria de FiscalizaçãoPBH)

Belo Horizonte registrou a interdição de cerca de nove estabelecimentos comerciais a cada 24 horas da última sexta-feira até domingo. Foram 26 fechamentos por descumprimento das regras sanitárias impostas para o combate à pandemia do novo coronavírus. Dentre os infratores estão bares, restaurantes, supermercado e festas clandestinas.

A fiscalização mais rigorosa foi anunciada na quarta-feira pelo prefeito Alexandre Kalil. Na ocasião, o chefe do Executivo atribuiu o endurecimento das regras ao aumento de doentes na capital. Equipes passaram a contar com policiais militares, dentro da estratégia utilizada durante o Carnaval.

A maioria das interdições neste fim de semana foi de bares e eventos. Elas ocorreram em vários bairros da metrópole, como Centro, Lourdes e Savassi (região Centro-Sul), Caiçara (Noroeste), Guarani e Planalto (Norte), Calafate (Oeste), Santa Terezinha (Pampulha) e União (Nordeste).

Dois estabelecimentos chegaram a ser multados em mais de R$ 17 mil por reabrirem mesmo após o fechamento pelos fiscais. 

Presidente da seção mineira que representa o setor, a Abrasel, Matheus Daniel reforçou que a prefeitura deve, sim, agir com rigor com quem está descumprindo os protocolos sanitários. “Mesmo que não concordemos com alguns pontos impostos”.

Porém, ele diz que a fiscalização deve atuar em todos os seguintes. “Estamos vendo muitas festas clandestinas por aí. No fim de semana, tivemos a notícia de um baile funk sendo realizado em uma vila da cidade”, frisou.

No sentido de conscientizar os associados, a Abrasel vai promover, nos próximos dias, campanha de conscientização junto aos belo-horizontinos. “Queremos ajudar, mas sem a ajuda da população não conseguimos. É comum encontrar pessoas apenas portando as máscaras, sem usar. Só colocam se forem abordadas pela fiscalização”, disse Matheus Daniel.

Presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), Nadim Donato também reforça a necessidade de colaboração de todos no combate à pandemia do novo coronavírus. “Sobre as interdições, entendemos que a grande maioria dos empresários está cumprindo todas as regras rigorosas da prefeitura. Quem não cumprir, e teve a oportunidade de receber advertências, agora tem que ser multado”, comentou. (Agência)*Com Renata Galdino.

Ocupação de leito volta a subir; taxa passa de 40%

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria exclusivos para pacientes com Covid-19 já atingem 40,8% e 41%, respectivamente, nos hospitais de Belo Horizonte. Os números constam em boletim epidemiológico divulgado ontem pela prefeitura.

As taxas estão no nível “verde”, de atenção. De 50% para cima, passa para o “amarelo” e acende o alerta para eventuais medidas mais restritivas, como permissão apenas para o funcionamento de serviços essenciais. 

Para isso, no entanto, também será preciso que o número médio de transmissão por infectado (Rt) chegue a 1,2 – ontem estava em 1,03. Isso significa que cada cem pessoas estão contaminando outras 103.

Ainda conforme o boletim epidemiológico, 54.413 moradores testaram positivo para Covid-19 na capital. Até o momento, 1.650 mortes foram registradas - seis novas confirmações desde sexta-feira. Em acompanhamento médico são 2.563 pacientes.

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