Balanço de 2023 mostra que moradores foram encaminhados para programas assistenciais ou casas de parentes
Atualmente, BH tem mais de mil edificações em áreas de risco geológico “alto”, como nas vilas e favelas da região Centro-Sul de BH (Maurício Vieira)
Setenta e três famílias de Belo Horizonte foram retiradas de casa preventivamente devido a riscos de deslizamentos de terra ou inundação em 2023, conforme balanço apresentado pela prefeitura. São casas sob encostas ou à beira de barrancos. Os moradores foram encaminhados para programas assistenciais ou casas de parentes. O alerta para o solo encharcado segue na capital, que tem previsão de mais chuvas.
Atualmente, existem cerca de mil edificações em áreas de risco geológico “alto” nas vilas e favelas da metrópole. Segundo a Defesa Civil, não há ocorrências de deslizamentos, mas seis regiões de BH estão sob alerta de risco geológico até a próxima segunda-feira (8). Nas regionais Centro-Sul e Oeste o perigo é classificado como “forte”. Já no Barreiro, Noroeste, Venda Nova e Pampulha, “moderado”.
Na tentativa de reforçar a proteção das famílias, as vistorias técnicas da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) foram intensificadas. O levantamento divulgado mostra 66 remoções temporárias e 7 definitivas. No entanto, mesmo questionada, a prefeitura não indicou os endereços dos imóveis. Também não foi informado se as famílias que saíram de casa de forma temporária já retornaram.
A indicação de remoção ocorre quando engenheiros e geólogos identificam que a residência apresenta risco. De acordo com a PBH, o procedimento é acompanhamento de equipes sociais, responsáveis pela orientação e “garantia da tranquilidade da família”.
Quem vive em áreas de risco geológico pode solicitar uma vistoria da Urbel. É preciso ligar para o telefone 3277-6409, de segunda a sexta-feira (8h às 12h e 13h às 17h). Em caso de emergência e fora dos dias e horários comerciais, o morador pode entrar em contato com a Defesa Civil, no 199.
Ainda segundo a prefeitura, 230 obras para eliminar riscos foram feitas no ano passado. Outras 76 intervenções estão em andamento por meio do Programa de Encostas. O investimento é de R$ 118 milhões, beneficiando 245 mil famílias.
Cuidados
O coronel Waldir Figueiredo, subsecretário de Proteção e Defesa Civil de BH, reforça que as pessoas devem observar o grau de saturação do solo e sinais que possam indicar possíveis deslizamentos durante o período chuvoso. Dentre os principais, trincas e rachaduras em paredes, pisos ou no solo, movimentação do terreno, água empoçando no quintal, inclinação de postes ou árvores, além de trincas e estufamento nos muros de arrimo.
* Com informações da PBH
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