Cirurgias ortopédicas eletivas estão suspensas em todos os hospitais municipais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS-BH) até 5 de fevereiro. A decisão, tomada nesta quarta-feira (22) pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), se deve à demanda elevada dos procedimentos de urgência na cidade.
Conforme a PBH, a maioria dos pacientes da urgência é formada por envolvidos em acidentes de trânsito e quedas. "Portanto, em duas semanas, as cirurgias eletivas serão retomadas", informou a administração municipal.
Ainda conforme a prefeitura, a estratégia faz parte de um plano de ações regular da Secretaria Municipal de Saúde sempre que há maior demanda de leitos ortopédicos no município.
A média diária atual é de cerca 100 pacientes em busca de um leito ortopédico de urgência na capital. "Por isso a necessidade da implementação dessa medida, de forma a garantir atendimento ágil aos pacientes que chegam aos hospitais em situações mais graves", informa nota enviada.
O Hoje em Dia questionou a PBH sobre quais hospitais serão afetados. Sem listar as unidades de saúde, a prefeitura informou que as cirurgias foram suspensas em "todos os prestadores da rede SUS-BH que disponibilizam esse procedimento". A reportagem também fez contato com o Ministério da Saúde e aguarda retorno.
Risoleta Neves suspende atendimentos devido à superlotação
A suspensão das cirurgias ortopédicas eletivas ocorre no mesmo dia em que o Hospital Risoleta Neves, referência em atendimento de urgência e emergência em Belo Horizonte e região metropolitana, está em situação crítica. Devido à superlotação, a unidade de saúde anunciou que não tem mais condições de receber pacientes.
A direção informou que a capacidade máxima prevista para o pronto-socorro é de 90 pacientes, mas atualmente há o dobro de pessoas aguardando atendimento.
“A Diretoria da Instituição notificou a situação à Rede de Urgência e Emergência de BH, solicitando apoio no processo de referenciamento de pacientes para outras unidades da Rede SUS e compartilha esta nota para esclarecimento e alerta à população sobre a situação vivenciada no Risoleta”, informou o Risoleta.
Ainda segundo a direção do hospital, todos os usuários que já se encontram dentro da instituição permanecerão sendo atendidos. “Reforçamos a necessidade da restrição temporária da entrada de novos pacientes no Pronto-Socorro para assegurar a qualidade e segurança assistencial”, detalhou.
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