Minas Gerais registrou recorde de infectados pela Covid-19 em 24 horas. Nesta quarta-feira (6), 7.715 testes positivos foram confirmados. O número, no entanto, foi atualizado horas após o Estado informar 9.515 notificações, também em um dia.
O erro na divulgação, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), se deve ao preenchimento de dados do Painel Covid por parte de Coqueiral, no Sul de Minas - a cidade informou 2.015 casos, quando o correto é 215.
Mesmo com a correção, o número reforça o alerta para o avanço da doença. Antes, o recorde era de 31 de dezembro, com 6.865 infectados. Ao todo, Minas tem 564.407 casos da enfermidade desde o início da pandemia, em março do ano passado.
Em nota, a SES afirmou que as novas notificações não se referem apenas às confirmações desta semana. "O aumento é resultado da redução das escalas de trabalho nos municípios e prestadores de serviços nas semanas de Natal e Ano Novo, com recessos e ponto facultativo, o que impactou na diminuição de notificações ao Estado por parte dos mesmos", explicou o órgão.
Conforme o levantamento da secretaria, de ontem para hoje, 128 mineiros perderam a vida por complicações do vírus. Com isso, o Estado chegou a 12.211 óbitos pela Covid. Dos 853 municípios de Minas, 711 já registraram ao menos uma morte pela doença.
Ainda segundo o boletim, 509.638 pacientes já se recuperaram do novo coronavírus. Outros 44.358 seguem em acompanhamento médico.
Em Belo Horizonte, 63.242 pessoas foram infectadas, maior número do Estado. Além disso, a capital mineira contabiliza 1.899 óbitos. Logo atrás vem Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 43.285 casos e 753 mortes.
Alerta
Durante entrevista coletiva concedida na terça-feira (5), o secretário-adjunto da SES, Marcelo Cabral, alertou que o resultado das aglomerações e das festas realizadas em dezembro, sem os devidos cuidados, será verificado em até 14 dias após os eventos. Esse é o período de incubação do vírus e a manifestação dos sintomas.
Uso de máscaras faciais e o distanciamento social são imprescindíveis, observou Cabral. “Enquanto não temos o imunizante, são esses cuidados que efetivamente vão nos proteger. Qualquer esforço será em vão se as pessoas não tomarem esses cuidados, e isso terá reflexo na rede assistencial”, frisou.
(*) Com Renata Galdino
Leia mais: