Com auditório lotado, professores da UFMG decidem continuar em greve

Luísa Melo - Do Portal HD
21/08/2012 às 18:04.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:38

Em greve há 62 dias, professores da UFMG decidiram continuar de braços cruzados. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, na universidade. De acordo com a APubh, sindicato que representa os docentes, dos 289 professores presentes na reunião, apenas 71 votaram pelo fim do movimento. A decisão de manter a greve se deu para pressionar o governo a reabrir as negociações com a categoria. No início do mês, o Governo determinou que a greve se encerre até o dia 31 de agosto. O acordo, porém, foi feito com uma entidade que, segundo a Apubh, não representa de fato os professores. "O acordo foi assinado com o Proifes - Federação, que por meio de uma consulta eletrônica ouviu cerca de 5 mil professores. Havia cerca de 59 universidades em greve, ou seja, cerca de 100 mil docentes. Não aceitamos a greve terminar no dia 31 de agosto", afirma Rosemary Santos, professora que integra o comando de greve da UFMG.   De acordo com o sindicato, a decisão é para intensificar a mobilização, já que ainda não existe um projeto de lei no Congresso, e por isso, ainda é possível negociar. Na semana passada, o movimento conseguiu o apoio de senadores. Nesta quarta-feira, haverá uma reunião dos professores com a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados para discutir um possível apoio dos parlamentares à greve.   A reivindicação dos professores é por melhores salários, reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. A última proposta do governo oferecia um piso de R$ 2.018,77 e um teto de R$ 17.534,00, para professores doutores titulares de dedicação exclusiva.

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