Com manutenção da greve, professores da UFMG participam de Marcha em Brasília

Ana Clara Otoni - Do Hoje em Dia
18/07/2012 às 08:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:39

(Renato Cobucci/Hoje em Dia)

Os professores, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participam da Marcha dos Professores, em Brasília, nesta quarta-feira (18). A greve já completa 60 dias nas universidades federais e, o objetivo da manifestação é intensificar a luta por melhorias nas condições de trabalho e de carreira. Os educadores querem reforçar o pedido da revisão da proposta apresentada pelo governo federal que foi rejeitada por eles nessa terça-feira (17), conforme nota divulgada pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte (APUBH)

Com isso, os professores mantiveram a greve na capital. A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas – FAFICH. Eles devem se reunir novamente no dia 25 de julho. A intenção dos professores é discutir nesta reunião a proposta do governo que deve ser apresentada a eles no próximo dia 23.

Segundo os professores, o que foi apresentado até agora pelo governo não atendia certos pontos da pauta de reivindicações como a reestruturação da carreira com recomposição salarial; reenquadramento dos docentes aposentados;e implantação da infraestrutura necessária para a viabilização de novos cursos universitários criados a partir do REUNI.

Em seu plano de carreira, o governo propõe uma tabela salarial baseada no incentivo à titulação de doutorado e com grande desvalorização das demais titulações. Na proposta, os aumentos seriam dados em três anos, sendo que o aumento de 45% contemplaria somente os docentes titulares, doutores e com dedicação exclusiva. Na avaliação dos docentes, conforme o APUBH, a proposta traz sérios prejuízos para aqueles que não possuem o título de doutores.

O governo propôs também a redução dos níveis da carreira de 17 para 13 e um interstício de 24 meses para progressão. Introduziu ainda um mínimo de 12 horas/aula por semana para que os professores possam pleitear a promoção. Os professores argumentam que este aumento da carga horária mínima vigente, que é de 8 horas/aula, gera grandes dificuldades para a manutenção da pesquisa e da extensão, atividades docentes tão importantes quanto o ensino. Outro ponto questionado, segundo o Sindicato dos Professores de Universidades Federais De Belo Horizonte,  pelos docentes foi o fato do governo não apresentar uma proposta de melhoria das condições do trabalho, que faz parte da pauta de reivindicações da categoria em greve.

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