Com medo, população de BH recorre a 145 mil câmeras de segurança

Celso Martins - Do Hoje em Dia
26/07/2012 às 08:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:51

(Carlos Roberto)

O medo de assaltos, furtos e arrombamentos nos estabelecimentos comerciais e nas residências está provocando um aumento na procura por sistemas eletrônicos de vigilância. Câmeras de vídeos com imagens que podem ser assistidas pelo celular são as mais procuradas. Em Belo Horizonte, a busca por esse “vigilante móvel” deve crescer 12% neste ano, ou 15 mil novos equipamentos.

A Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) estima que os belo-horizontinos gastaram R$ 144 milhões só no ano passado, considerando que o custo médio de cada câmera é de R$ 1.100.

O diretor da Abese em Minas Gerais, Vitor Hugo Moreira, afirma que os principais usuários desse tipo de equipamento são moradores de condomínios residenciais e os estabelecimentos comerciais, que, juntos, respondem 65% da demanda.

Os sistemas eletrônicos mais utilizados em casas e em lojas podem ser instalados por valores a partir de R$ 4 mil. Segundo Moreira, até o ano passado, a capital tinha 130 mil câmeras instaladas e, até o fim deste ano, esse número vai chegar a 145 mil.

Segundo a associação, a cada 18 moradores da capital, um já instalou uma câmera nova ou fez a reposição de uma já existente. “De cada dez novas câmeras, em pelo menos três o proprietário do imóvel acessa as imagens do trabalho ou do trânsito, via telefones celulares que têm esse tipo de tecnologia”, explica Vitor Hugo.

Ainda de acordo com ele, sensores de presença equipados com infra-vermelho também estão sendo procurados, mas não há informações sobre o volume de vendas desse dispositivo. O sistema mais simples para ambientes fechados custa R$ 100, e os mais sofisticados são encontrados por R$ 650.

 

A cada 18 moradores da capital, um já instalou uma câmera (Foto: Carlos Roberto)

 

Moradora do bairro Boa Vista, na região Leste de Belo Horizonte, a aposentada Maria das Graças de Aguiar, de 65 anos, gastou R$ 2 mil para instalar uma câmera de vídeo e um alarme nos fundos de sua casa, além de cerca elétrica nos muros laterais. “Estou vivendo em um presídio, sem poder ir ao quintal de noite com medo de encontrar um ladrão”, desabafa.

A decisão de instalar os equipamentos foi tomada após o arrombamento da casa, em março. Os ladrões levaram uma televisão, joias e dois celulares. “Os bandidos não levaram tudo da casa porque um vizinho desconfiou e chamou a polícia, mas ninguém foi preso”, disse Maria das Graças.

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