Integrantes de várias ocupações urbanas da capital mineira continuam acampados na sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na manhã desta quarta-feira (4), em um protesto que teve início na terça-feira (3). Com isso, o tráfego de veículos na avenida Afonso Pena está prejudicado, o que provoca retenção em diversas vias da região Central.
Os manifestantes das comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória garantiram que só irão encerrar o ato após uma negociação com o governo sobre a situação dos oito mil moradores da comunidade Isidoro, que fica na região Norte de BH. Eles correm o risco de serem despejados.
"Estamos em busca de uma solução para o problema. A prefeitura quer despejar centenas de famílias, mas a constituição garante o direito de moradia para o povo", declarou Leonardo Pericles, coordenador do Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB).
Para tentar pôr fim ao impasse, uma reunião entre os integrantes do movimento com representantes dos governos Estadual e Federal, além da PBH, está agendada para ocorrer às 10 horas na Cidade Administrativa.
Transtorno
Para chamar atenção das autoridades, cerca de 150 integrantes das ocupações interditaram a avenida Afonso Pena, na terça-feira, por quase cinco horas. O protesto causou um verdadeiro nó no trânsito de praticamente toda a região central de BH.