Na manhã desta quarta-feira (16) começou o terceiro dia de julgamento dos seis policiais militares acusados da tentativa de homicídio contra três vítimas em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Às 9 horas, o Ministério Público, representado pela promotora Marina Kattah, iniciou a fase de debates e a expectativa é que o julgamento termine ainda nesta quarta.
Os réus e as testemunhas de defesa e acusação foram ouvidos pelo juiz Fábio Gameiro Vivancos, pela promotoria e defesa. Os acusados foram levados a júri popular pelo Tribunal do Júri de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e respondem pelas ações realizadas durante operação policial em fevereiro de 2004.
Entenda o caso
Segundo a denúncia, os militares fizeram um cerco a três acusados de roubo, na MG-010, próximo ao município de Pedro Leopoldo, também na Grande BH. Durante a ação, uma comerciante que passava de carro pelo local foi baleada e morreu. Outras três pessoas, incluindo um dos assaltantes perseguidos, também foram atingidos pelos disparos.
Um dos policiais envolvidos no julgamento, José Luiz da Silva, também responderia pelo crime de lesão corporal. No entanto, durante o início do julgamento na manhã desta segunda, a representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Marina Kattah, alegou que o crime não deve ser julgado no Tribunal do Juri por se tratar de um crime militar. O juíz Fábio Gameiro Vivancos, que preside a sessão, acolheu a questão apresentada pela promotora e reconheceu a incompetência da Justiça comum para julgar o crime. O veredito será decidido pela Justiça Militar.