Profissionais de imprensa de Ipatinga, amigos e familiares farão uma manifestação na próxima segunda-feira (8) para marcar os 30 dias da morte do radialista Rodrigo Neto, de 38 anos, assassinado no dia 8 de março em uma das mais movimentadas avenidas da cidade.
O protesto acontece às 13 horas, na praça 1º de Maio. O grupo pretende divulgar um balanço das investigação e definir novas ações para cobrar a apuração do crime.
Na última semana, segundo o grupo, a equipe da Polícia Civil que estava na cidade retornou para BH. Em nota, a PC informou que a fase de apuração no Vale do Aço já terminou e o restante das investigações será conduzido na Capital.
O comitê tem como slogan “Rodrigo Neto – Sua voz não vai se calar – Chega de impunidade!”. O grupo está se mobilizando também para a retomada de casos ainda não solucionados, como a "chacina de Belo Oriente", o desaparecimento da mototaxista Adriane Onaka e a morte da missionária Anelise Monteiro. Em todos os casos, os profissionais julgam as investigações inconclusivas, com autores não identificados.
Relembre o crime
O jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros na noite de 7 de março, no bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na área policial e denunciou durante sua carreira diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.
Segundo a Polícia Militar, Rodrigo deixava um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em direção a ele. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito.
Ele foi socorrido ainda com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e não foram localizados ou identificados.