Condenações de Bruno e "Bola" podem ultrapassar 30 anos, avalia jurista

Renata Evangelista - Do Portal HD
24/11/2012 às 11:37.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:34
Bruno coloca carro à venda (Arquivo Hoje em Dia)

Bruno coloca carro à venda (Arquivo Hoje em Dia)

Se condenados pelo júri popular as penas aplicadas aos réus Bruno Fernandes de Souza, ex-goleiro do Flamengo, e ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", podem ultrapassar os 30 anos. A avaliação é do jurista Luiz Flávio Gomes. Segundo ele, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues deve aplicar pena severa aos réus, já que em sua decisão de condenar o braço-direito do atleta, Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", ela foi rigorosa.   Na madrugada deste sábado (24) "Macarrão" foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio. Mas como confessou parte do crime, a pena aplicada a ele foi reduzida para 12 anos de reclusão em regime fechado. Além disso, ele foi condenado a três anos por sequestrar a ex-amante do atleta, totalizando 15 anos de pena.   A projeção do jurista é que Bruno e "Bola" peguem 24 anos de prisão pelo assassinato de Eliza, mais cinco anos por sequestro e cárcere privado e outros dois por ocultação de cadáver, o que somaria 31 anos de reclusão.   "Os advogados dos réus agora tem quatro meses para tentar descobrir algumas contradições do depoimento de "Macarrão". A estratégia das defesas de desmembrar o processo foi favorável aos réus", analisou o jurista. O julgamento de Bruno e "Bola" foi agendado para 4 março de 2013.   Bate-boca   Sobre a atitude o novo defensor de Bruno, Lúcio Adolfo, que garantiu que irá pedir a nulidade do julgamento, já que não teve acesso a sala secreta onde os jurados realizaram os votos, Luiz Flávio disse que ele não deve conseguir mudar o resultado. "Não vai conseguir nada. A argumentação dele não está correta. Ele não tinha o direito de entrar lá dentro".   Para o jurista, a reação do advogado do atleta, que chegou a bater boca com a juíza minutos antes do veredito ser anunciado pode prejudicar Bruno. "Essa situação não é normal. Vai acabar criando um acirramento entre eles que pode resultar em uma pena maior para o cliente dele", opinou.   Sobre uma possível condenação de "Bola", que foi poupado por "Macarrão", Luiz Cláudio avaliou que o promotor terá que fazer um trabalho muito intenso para convencer os jurados que o réu participou do crime. "Há provas indiciárias, mas diferente do Bruno, não tem a confissão de "Macarrão"".

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