A tenente Amit Levi, de 21 anos, que faz parte da comitiva de 136 militares israelenses, que buscam por desaparecidos em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem uma ligação especial com o Brasil.

Ela é filha de uma brasileira e, todos os anos, passa ao menos dois meses no país para visitar os avós e os tios, que moram no Rio de Janeiro. Em entrevista ao portal Uol, Levi contou que domina a língua brasileira e, por isso, comanda um grupo de patrulhamento que tem entre 15 e 20 soldados.

"Estar aqui nesse momento tão difícil deixa essa minha relação com o país ainda mais especial, me emociona", declarou a tenente ao site paulista. "Ver tudo isso é muito difícil, a lama destruiu tudo por onde passou. É bem difícil saber que alguém ainda tem chance de ter sobrevivido. Mas a gente tem que fazer tudo o que for possível para ajudar. Têm muitas famílias que estão esperando seus entes queridos".

A comitiva israelense chegou ao Brasil no último domingo (27) e, na segunda-feira (28), já seguiu para Brumadinho para ajudar nas buscas. Além de Levi, outro militar também fala português. O nome dele é Rafael Sadi, que tem 64 anos.

Médicos, técnicos e engenheiros compõem o grupo de isralenses que ficarão no Brasil o tempo que for necessário. O embaixador de Israel, Yossi Shelley, afirmou que na missão há cães farejadores, equipamentos para captação de sinais de celular e mergulhadores com condições de localizar pessoas vivas e mortas.

Até a manhã desta quarta-feira (30), a tragédia havia deixado 84 mortos. Há ainda 276 desaparecidos e 391 localizados, sendo 192 resgatados.

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