Em outubro

Consumidores de BH estão mais confiantes com a economia, mas dívidas seguram compras

Percepção sobre cenário econômico melhora e eleva o ICC-BH pelo 2º mês consecutivo

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 31/10/2024 às 15:43.Atualizado em 31/10/2024 às 20:33.

Outubro terminou com o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH) registrando aumento pelo segundo mês consecutivo: 3,44%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31). pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso significa que os consumidores estão gastando mais? Nem tanto.

De acordo com Diogo Alves, economista do Ipead, o maior otimismo da população ainda não é generalizado. Principalmente porque ainda são altos os índices de endividamento das famílias - situação agravada pelos juros elevados que ainda prevalecem na economia.

"Esse mês o índice de confiança do consumidor captou um sentimento mais positivo da população de BH em relação à situação econômica atual. Todos os componentes que captam essa percepção melhoraram: inflação, emprego e situação econômica do país. Isso indica que o cenário de queda de desemprego e inflação relativamente controlada, apesar de altas em alguns itens, como a energia elétrica recentemente, tiveram um peso maior na formação da expectativa da população neste momento", detalhou o economista do Ipead. 

Contudo, ressalta Diogo Alves, o ICC-BH de outubro captou uma maior preocupação das famílias com a própria situação financeira, "visto que todos os componentes relacionados ao tema tiveram queda, inclusive se refletindo em uma queda da pretensão de compra das famílias", completou. 

Com o aumento registrado em outubro, o ICC-BH de outubro deste ano (41,36%) está próximo ao registrado no mesmo período de 2023 (41,65%).

Houve melhora substantiva na percepção da população em relação à inflação (15,10%), à situação econômica do país (13,80%) e ao emprego (11,48%).

Mas a divisão no indicador neste mês foi clara, salientou o Ipead. Se por um lado todos os componentes relacionados com o cenário macroeconômico melhoraram, por outro os que remetem às finanças familiares pioraram. E a maior queda ocorreu na pretensão de compra (-7,43%).

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