Corpo de empresário mineiro morto em queda de avião será cremado no cemitério Renascer

Milson Veloso* - Do Portal HD
Publicado em 13/07/2012 às 08:21.Atualizado em 21/11/2021 às 23:31.
 (Tião Mourão/Arquivo Hoje em Dia)
(Tião Mourão/Arquivo Hoje em Dia)

Deverá ser cremado na tarde desta sexta-feira (13), em Belo Horizonte, o corpo do empresário mineiro Clemente Faria Neto, de 62 anos, que morreu na quinta-feira (12), depois que o táxi aéreo em que estava caiu na Ilha de Cataguases, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O corpo da vítima ainda está no Instituto Médico-Legal de Angra dos Reis, mas deve ser trazido para Minas e cremado no cemitério Renascer, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O cemitério ainda não confirmou o horário da cremação. A esposa de Faria Neto, que o aguardava no aeroporto, já fez o reconhecimento do corpo.

Além de Clemente, também morreu no acidente o piloto da aeronave, Antônio Fernandes Neto. As buscas pelo copiloto, identificado como Hernandes, continuam nesta sexta-feira. O avião também deve ser retirado do mar ao longo do dia. O Corpo de Bombeiros e a Capitania dos Portos ajudam nos trabalhos.

A aeronave havia decolado da Pampulha, em Belo Horizonte, e caiu pouco antes do pouso. No momento do acidente chovia muito na região, porém, as causas da queda ainda serão investigadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


O empresário

Clemente Faria Neto era um dos empresários mais bem sucedidos de Minas Gerais. Dividia com o irmão, Gilberto de Andrade Faria Junior, a direção de um grupo empresarial que reunia cerca de 20 empresas, entre elas a Minasmáquinas, revendedora de caminhões, máquinas pesadas e automóveis de luxo da marca Mercedes-Benz, e das rádios Alvorada, em Belo Horizonte, Sulamérica Paradiso, do Rio, e Jovem Pan, de Santos.

O empresário nasceu em uma tradicional e rica família mineira. Era neto do banqueiro Clemente Faria, nascido em Pedra Azul, e fundador do Banco da Lavoura, que chegou a ser o maior da América Latina. O banco foi dividido entre os dois filhos do patriarca: Aloísio, que criou o Banco Real, mais tarde vendido para o holandês ABN Amro (hoje Santander), e chegou a figurar no ranking da revista norte-americana Forbes das maiores fortunas do mundo; e Gilberto Faria, pai de Clemente, que ficou com o Banco Bandeirantes.

O empresário era casado com Vitória Alvim de Faria e deixa três filhos - Clemente Jr., Natália e Luiza. Ele havia sido casado com a empresária Ângela Gutierrez, com quem teve uma filha - Ana.

*Com informações do R7

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