"Corrente do bem" faz criança de 2 anos voltar a enxergar

Carlos Calaes - Do Hoje em Dia
20/09/2012 às 12:34.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:26

(Arquivo/Divulgação)

Aos dois anos, Luiz Gustavo começa a descobrir um mundo cheio de cores. Também pode admirar o rosto da mãe. Atitudes corriqueiras à maioria das crianças são novidades para o menino que, cego de nascença, só passou a enxergar depois de ser operado em Belo Horizonte. A cirurgia foi possível graças à formação de uma “corrente do bem” para levantar fundos para a intervenção. A iniciativa teve o apoio do Hoje em Dia, que mostrou, em abril e maio deste ano, o drama do garotinho.

Espera
 
A operação, em 9 de maio, na Clínica Oculare, aconteceu após uma longa espera. Desde que nasceu, o garoto aguardava, na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), o procedimento que poderia lhe dar a chance de ver.

Segundo a oftalmologista Ângela Maestrini, a cirurgia no olho direito do menino foi bem-sucedida. Agora, Luiz Gustavo pode enxergar uma bola, o céu. Enfim, o mundo. Descobriu, também, as cores da “Galinha Pintadinha”, o desenho preferido.

“Quando chegou à minha sala para a consulta de retorno, ele veio caminhando sozinho, usando óculos e enxergando tudo, com a curiosidade natural de qualquer criança”, conta a médica. “Fiquei muito emocionada”.

Após muita expectativa, Lara Fernandes, de 16 anos, e Sônia Ribeiro, de 41, mãe e avó do bebê, estão muito felizes com o resultado.

Solidariedade
 
A família, humilde, vive em Pequiá, no Espírito Santo, e só conseguiu que a cirurgia fosse realizada na capital mineira devido à solidariedade de desconhecidos.

O primeiro “anjo da guarda” foi o funcionário público Maurício Alves de Oliveira. Morador de Belo Horizonte, ele ficou sabendo do drama do menino durante uma viagem a Pequiá. Maurício providenciou os primeiros exames de Luiz Gustavo, em Vitória (ES), e deu início a uma campanha para angariar dinheiro para a operação. “Fiquei muito emocionado ao saber que Luiz Gustavo vai tornar uma criança mais feliz”.

“Vaquinha”

Na terra natal do garoto, moradores participaram do rateio e até fizeram bingos para levantar o valor necessário.
Na capital mineira, os empresários José Hilton da Silva e Elizete Rodrigues, donos da Medical Hosp, empresa de equipamentos hospitalares, hospedaram Luiz Gustavo e a família durante o pré e o pós-operatório.

Agora, todos vibram com o desfecho da história do menino que só conseguia andar tateando e com o amparo de terceiros e, hoje, conversa com maior desenvoltura e aponta animais como cachorros e gatos
 
 

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