Crime contra menina sumida há quase dois meses foi planejado, diz delegado

Renata Evangelista - Hoje em Dia
29/06/2013 às 18:50.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:36

A Polícia Civil acredita que quem levou Emily Ketlem Ferrari Campos, de 8 anos, de Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado, planejou o crime. A menina sumiu no dia 4 de maio e, até agora, não há pistas sobre seu paradeiro. O delegado Luiz Cláudio Freitas do Nascimento, responsável pela investigação, disse que o autor não deixou pistas. "Por isso estamos indo e voltando atrás de rastros que possam elucidar o crime".   O policial optou por não detalhar os rumos da investigação, para não atrapalhar os trabalhos, mas informou que ainda não foi possível definir a motivação do crime, nem apontar os autores que sumiram com a criança. Ele contou, no entanto, que faz novas diligências em outros estados e que continua a colher novos depoimentos.   Além disso, Luiz Cláudio falou que no dia que a menina desapareceu um carro que nunca tinha sido visto na cidade estava rondando a casa da família da vítima. "Estamos tentando levantar os dados desse carro para desvendar o mistério". O inquérito sobre o caso foi aberto no dia 5 de junho e o delegado tem 30 dias para concluir as investigações.   A criança foi vista pela última vez no início de maio, quando brincava em frente a sua casa. Desde lá, diversas hipóteses foram levantadas sobre seu desaparecimento, mas o mistério não foi desvendado. Uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada em Localização de Pessoa Desaparecida de Belo Horizonte chegou a ir até a cidade para auxiliar nas buscas, mas retornou sem conseguir solucionar o crime.    Buscas   Até o momento, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros já realizou buscas por Emily no rio Pardo, que corta a cidade, e em matas que ficam nas imediações do município, mas nenhum sinal da menina foi encontrado. Além disso, já foram descartadas as possibilidades da criança ter passado pela rodoviária e por um shopping de Montes Claros após seu desaparecimento.   Inquérito   Segundo o delegado, o inquérito sobre o desaparecimento de Emily já tem quase 700 páginas. No total, 50 pessoas já foram ouvidas e acareadas durante as investigações. Em entrevista anterior, Luiz Carlos Freitas Nascimento afirmou que “todo mundo é suspeito, até mesmo os pais, que são separados há três a quatro anos”. Emily teria recebido ameaças de pessoas próximas à família dela e essa pode ser uma das linhas de apuração para chegar até o paradeiro da criança.   Desaparecida   Emily Ketlem, que possui Transtorno de Déficit de Atenção (T.D.H.), sumiu enquanto brincava na porta de casa, no dia 4 de maio, por volta das 17 horas, na avenida Padre Eurácio Giraldi, bairro Cidade Alta. Os pais da criança são separados e, no dia do sumiço, o pai havia deixado a menina na casa da ex-mulher por volta das 15 horas. Em seguida, viajou para a cidade de Taiobeiras, conforme relatou em depoimento à polícia. Desde então a menina não foi mais vista. Um carro preto teria sido visto rondando a residência no dia do crime.

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