A jovem Vitória Alves Silva, de 22 anos, assassinada a facadas pelo ex-namorado no último dia 8 na avenida Antônio Carlos, próximo à UFMG, em plena luz do dia, foi morta com facas que o casal havia ganhado de presente de casamento. E o motivo do encontro, marcado por ele, foi para discutir a respeito do apartamento que os dois haviam comprado em Contagem para morar - o casamento estava marcado para novembro.

Estes detalhes foram informados pela delegada Iara França Camargos, da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira (14). O homem está preso.

"A polícia foi no apartamento mas o local estava vazio, ele esfaqueou alguns presentes que eles ganharam de casamento no apartamento, uma almofada. A faca era também um dos presentes que eles ganharam em um chá de panelas. A lâmina da faca se desprendeu da faca e quando ela se desprendeu ele pegou outra para continuar esfaqueando ela na região da cabeça, isso mostra que tudo foi muito calculado", detalhou a delegada. 

Ele contou à polícia que havia planejado o crime naquela tarde e que havia usado muita cocaína para cometer esse crime. De acordo com as investigações, durante o relacionamento o homem demonstrava sinais de possessividade e ciúmes, mas Vitória não tinha coragem de relatar para ninguém. Acreditava se tratar de uma pessoa boa, já que haviam se conhecido em uma igreja.

"Ela acreditava que só iria conversar sobre o apartamento e resolver a situação", contou a delegada.

Sobre o crime e o assassino

 "O crime foi friamente premeditado, o autor foi dissimulado ao fingir que aceitou o término do namoro, no domingo onde estava na presença dos familiares da vítima, disse que tinha aceitado o fim do namoro de forma tranquila. Mas tentou ludibriar a vítima para conversar sobre um apartamento financiado em conjunto e suas burocracias", contou a delegada.

Ela relatou que o homem passou a seguir e a monitorar todos os passos da vítima para que ele pudesse alcançá- la em um momento oportuno. 

"Estamos falando de um crime de homicídio duplamente qualificado, a vítima foi incapaz de se defender. também qualificamos por feminicídio pois ele assassinou essa jovem por ela ser mulher", salientou. 

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