(Flávio Tavares)
Para o Corpo de Bombeiros, Carnaval é sinal de mais trabalho. Sempre nesta época do ano, espera-se o aumento de acidentes nas estradas e de incidentes envolvendo foliões, como afogamentos, queimaduras e intoxicações. A partir de sábado, a corporação ampliará em 25% o efetivo nas ruas, em todo o Estado, com uma média de 2 mil bombeiros em atividade, por dia.
O reforço virá do setor administrativo, com atuação, principalmente, nas rodovias e em balneários. “As equipes estarão estrategicamente posicionadas, para agilizar o atendimento”, explica o subcomandante do 3º Batalhão, major Sérgio Ferreira.
A demanda pelo Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS) também cresce exponencialmente no Carnaval. O motivo, não raramente, tem a ver com o uso de álcool e drogas, além da imprudência do próprio folião. “Crescem os acidentes relacionados a mergulho em águas rasas, com frequente lesões neurológicas irreversíveis”, alerta o cirurgião-geral do HPS Paulo Roberto Carreiro.
No maior pronto-socorro de Minas Gerais, não haverá reforço no quadro de funcionários. “Estatísticas mostram que 50% das pessoas que morrem não chegam ao hospital. Não adianta bombeiro ou médico. Isso mostra a importância da prevenção”, afirma Carreiro.
Veneno
O Corpo de Bombeiros vai distribuir nas estradas uma cartilha com dicas sobre como se comportar nas mais diversas situações. Para quem vai acampar, a recomendação é sempre ficar atento a animais peçonhentos. O contato pode ser evitado com medidas simples, como o uso de calçado de cano longo.
Vítimas de picada de cobra, escorpião e aranha, por exemplo, devem seguir alguns passos para não agravar os danos à saúde. “A orientação é lavar o local com água e sabão e pedir socorro imediato”, diz Saulo Peconick Ventura, do setor de toxicologia do HPS. A realização de torniquetes pode agravar a situação.
Vítimas de picadas de animais peçonhentos devem ligar para o Disque Intoxicação (0800 722 6001) ou para o próprio HPS, no (31) 3239-9308.