(Reprodução Instagram)
Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, desembarca nesta sexta-feira (20), em Belo Horizonte, para a primeira audiência de instrução do processo que vai decidir se ele vai a júri popular pela morte de Rodrigo Augusto de Pádua, 30 anos. A informação foi confirmada pelo advogado dele, Maurício Benfica.
A assessoria de comunicação da apresentadora também confirmou a vinda de Hickmann à capital para ser ouvida. Mas não deu detalhes sobre o depoimento.
Já Benfica adiantou que uma das testemunhas da defesa é a perita contratada por eles para fazer a reconstituição do dia da morte do susposto fã, que teria invadido o hotel onde a apresentadora estava, no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul da capital, para tentar matá-la. O advogado alega legítima defesa. "Com o depoimento dela, vamos conseguir esclarecer de uma vez por todas a legítima defesa", afirmou o advogado, que deve desembarcar em BH ainda nesta quinta (17) à noite.
A audiência está marcada para às 8h da manhã na sala da juíza sumariante Âmalin Aziz Sant'Ana do 2º Tribunal do Júri, no Forum Lafayete. A expectativa é sejam ouvidas cinco testemunhas de defesa e acusação, além do réu Gustavo Correa.
Segundo a assessoria do Forum, não há obrigatoriedade para que a audiência termine amanhã. Se faltar alguma testemunha, a juíza pode remarcar esse depoimento para outro dia. Só no fim de todos esses trâmites, a magistrada decidirá se Correa vai a júri popular ou se o processo seguirá para uma vara criminal comum.
Relembre
Rodrigo de Pádua morreu após invadir o hotel em que a apresentadora e modelo Ana Hickmann estava hospedada em Belo Horizonte, em maio de 2016. O jovem, de 30 anos, era de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e parecia nutrir uma obsessão pela apresentadora.
No quarto em que a modelo estava, Pádua rendeu o empresário Gustavo Correa e a mulher dele, a assessora Giovana Oliveira. Armado, ameaçou atirar nas vítima, momento em que o empresário teria lutado com o rapaz, tomado a arma e atirado. Giovana acabou ferida. O homem morreu com um tiro na nuca. A apresentadora Ana Hickmann não teve ferimentos.
Na época, a Polícia Civil concluiu no inquérito que foi legítima defesa. Mas o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) questionou a tese. Para a promotoria, o tiro da nuca de Rodrigo Pádua evidencia que o homem já estaria dominado e que o tiro poderia ter sido evitado. A promotoria então ofereceu denúncia à Justiça como homicídio doloso, ou seja, com intenção de matar.
Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de arquivamento do processo contra Gustavo Henrique Bello Correa.
Para esse tipo de crime, a pena pode chegar até 20 de prisão, mas pode ser reduzida caso seja comprovado que ele agiu sob forte emoção.
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