Direção perigosa

De cada dez vítimas de acidentes de trânsito atendidas no HPS, seis são motociclistas

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com.br
04/05/2022 às 21:01.
Atualizado em 04/05/2022 às 21:06

(Renato Cobucci / Fhemig / Divulgação)

Somente no primeiro trimestre deste ano, duas mil pessoas foram atendidas no maior pronto socorro de Minas vítimas de acidentes de trânsito sendo - 64% delas, motociclistas. 

A estatística ganha destaque na semana de abertura da Campanha Maio Amarelo. E a conscientização sobre a importância da direção segura e da educação no trânsito são investimentos importantes para interferir na mudança de comportamento dos motoristas, segundo o cirurgião geral e gerente assistencial do Complexo de Urgência e Emergência, Rodrigo Muzzi. 

“Cada um deve ter consciência de que a segurança dele e dos demais depende do seu cuidado e atenção ao dirigir”, defende o especialista. 

A violência no trânsito é responsável pela maior parte dos atendimentos no Hospital João XXIII, uma das maiores referências em pronto atendimento no país.

De 2011 a 2020, foram atendidas 66.404 pessoas somente no setor de politraumatismo. A maioria das vítimas, 59,50%, pilotava motocicleta, ou seja, de cada dez vítimas, seis eram motociclistas. 

Em 2021, o cenário também se repetiu. Dos 7.211 atendimentos, 66,49% , ou seja, 4.795 eram motociclistas. 

“O problema é que, especialmente, o motociclista está sujeito a lesões de maior gravidade, quando comparado aos demais motoristas que estão protegidos pela carcaça do veículo que dirigem”, explica Daniela Fóscolo, cirurgiã do trauma e gerente médica do Complexo de Urgência e Emergência da Rede Fhemig.

Outro número preocupante, segundo dados do Hospital de Pronto Socorro, é que 32,09% dos atendimentos, motivados por acidentes de trânsito, foram de jovens com idades entre 20 e 30 anos - motociclistas, pedestres e condutores de automóveis.

"Quando há lesões graves, o paciente pode ficar internado por mais de 30 dias", ressalta o cirurgião Rodrigo Muzzi. São vítimas no auge da idade produtiva, que podem ter sequelas graves que exigem meses e até anos de afastamento do trabalho para recuperação.

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