Decisão sobre punição de jovens que arrancaram coração de Fabíola é adiada

Amanda Paixão - Do Portal HD
02/07/2012 às 16:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:15

(Agência Estado)

Foi adiada a decisão sobre a pena socioeducativa a ser aplicada nas duas garotas de 13 anos suspeitas de matar, com requintes de crueldade, a colega Fabíola Santos Corrêa, de 12 anos. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o Ministério Público pediu para fazer as alegações finais por escrito, assim como fará a defesa. Dessa forma, a juíza da Vara da Infância e da Juventude de Igarapé, Andrea Faria Menes, terá até o fim do mês para se pronunciar.

Duas testemunhas foram ouvidas, entre elas a conselheira tutelar que já prestava assistencia à mãe da vítima, antes do crime, e que acompanhou uma das adolescentes quando ela foi apreendida.

O teor dos depoimentos não foi revelado, mas a testemunha contou que foi ouvida por aproximadamente 15 minutos e não teve contato direto com as jovens. No entanto, afirmou que uma das mães ficou bastante nervosa com a situação e chegou a chorar.

As adolescentes estão internadas no Centro de Internação Provisória São Jerônimo, no bairro Horto, na região Leste da capital. No último dia 21, elas foram ouvidas pela juíza e pelo Ministério Público por cerca de sete horas.

Crime

Fabíola Santos Corrêa foi brutalmente assassinada em um lote vago, em São Joaquim de Bicas, no dia 26 de maio. Segundo o delegado Enrique Solla, responsável pela investigação do crime, as duas adolescentes se tornaram as principais suspeitas depois que a mãe de Fabíola contou à polícia que a filha saiu com as duas colegas em 27 de maio e desapareceu. Naquele dia, as adolescentes atraíram a amiga para o interior da Mata do Japonês, na periferia da cidade, sob alegação de assistirem a um jogo de futebol.

No local, uma delas deu uma gravata e ameaçou Fabíola com uma faca, quando ela se debateu e se cortou gravemente. Ao verem a menina sangrando, as duas acabaram aplicando golpes de barra de ferro.

Depois, arrancaram o coração e um dedo do pé esquerdo da vítima. A ideia era levar os restos mortais e mostrar para as mães, alegando que elas estavam sob ameaça e haviam matado um traficante. Um menino de 8 anos chegou a enterrar as partes do corpo, que depois foram jogados no rio Paraopeba.

No dia 7 deste mês, um lavrador encontrou o corpo da menina já em adiantado estado de decomposição, com sinais de esmagamento e uma grande abertura no peito.

Ainda conforme o delegado, uma das adolescentes foi apreendida no dia 12 passado, quando confessou o crime e a outra foi detida no dia seguinte.

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por