Moradores e comerciantes vizinhos ao viaduto Batalha dos Guararapes tomaram conhecimento, na noite desta segunda-feira (1º), de como será feita a implosão da alça norte da estrutura. Em um encontro realizado no bairro São Bernardo, em Venda Nova, o engenheiro que estará a frente do trabalho deu explicações técnicas à comunidade, juntamente com representantes da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec).   Sob a responsabilidade da empresa carioca Fábio Bruno Construções, contratada pela Cowan, a implosão está marcada para as 9 horas de 14 de setembro, um domingo. Uma série de medidas de segurança serão adotadas para evitar acidentes.   A primeira etapa dos trabalhos consistiu em um cadastramento dos cerca de 350 imóveis que estão dentro de um raio de 200 metros, bem como uma vistoria nos apartamentos. A partir do dia 13, as famílias já terão direito a hospedagem em hotel, podendo permanecer no local até o fim da retirada dos escombros.   Dados coletados in loco, como peso da estrutura, tamanho das vigas e até mesmo uma análise do solo foram lançadas em um software que já fez a simulação da implosão, contou Fábio Bruno Pinto, sócio da empresa. Ele diz que serão feitos furos nos três pilares que sustentam o viaduto e, nos buracos, serão colocados 125 quilos de explosivos.   "Três segundos é o tempo da implosão. Faremos uma espécie de vala nas duas extremidades do elevado para minimizar o impacto do tremor". Além disso, telas metálicas e uma manta geotextil serão colocados em volta dos pilares para evitar o lançamento de fragmentos.   Em um raio de 15 metros, será sentido um abalo de 17 milímetros/segundo, um impacto pequeno, segundo o especialista. Para se ter ideia, um caminhão que atravessa a pista provoca um abalo de aproximadamente 3,4 milímetros/segundo. Caso aconteça algum acidente, a empresa conta com um seguro que arcará com qualquer despesa.   Após a implosão, técnicos da Defesa Civil farão uma vistoria nas redes de água, esgoto e luz para verificar se houve algum prejuízo. Os moradores serão responsáveis por fazer uma avaliação dentro de casa e, se julgarem necessário, poderão chamar os técnicos do órgão municipal.   A retirada dos escombros, que também está sob a responsabilidade da Cowan, será feita entre os dias 14 e 21. A previsão da Prefeitura é que, após essa data, o trânsito na via volte a ser liberado.   Para esta terça-feira (2), está marcada uma audiência de conciliação, com a possibilidade que o juíz decida por não fazer a implosão da estrutura do Batalha dos Guararapes, que se mantém de pé.

Atuzalizada às 23h32

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