Defesa do goleiro Bruno denuncia que jurada foi presa por tráfico de drogas

Thaís Mota - Hoje em Dia
Publicado em 17/04/2013 às 21:18.Atualizado em 21/11/2021 às 02:55.

A defesa do goleiro Bruno Fernandes divulgou nesta quarta-feira (17) um Boletim de Ocorrência que aponta que uma das juradas que participou do julgamento do atleta foi detida por tráfico de drogas. O advogado Francisco Simim disse que vai se reunir nesta quinta-feira (18) com os outros defensores do caso, Lúcio Adolfo e Thiago Lenoir, para decidir se a defesa entrará com um novo recurso na Justiça, mas já adiantou que será exigida uma apuração sobre esta denúncia.

Ainda conforme Simim, Clécia Marise Rezende Silva teria sido flagrada com drogas e uma agenda de clientes do tráfico. "Ela foi detida e liberada, mas há um BO em nome dela e isso deve ser apurado. Além disso, uma pessoa nesses termos não pode decidir o futuro de um réu", pontuou o advogado.
 
Já o advogado Thiago Lenoir afirmou que soube da denúncia pela imprensa e disse que o documento da Polícia Militar aponta que a mulher foi presa em flagrante no dia 5 de abril. No entanto, em consulta ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) o advogado disse não ter encontrado nenhum auto de prisão em flagrante distribuído em nome da jurada. 

Entenda o caso
 
O goleiro Bruno Fernandes foi condenado no dia 8 de março a 22 anos e três meses pelo homicídio e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho, o "Bruninho". Os crimes aconteceram em junho de 2010 e o atleta seria o mandante.
 
Além dele, outros três réus envolvidos no crime foram julgados. O ex-braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", foi condenado a 15 anos prisão por homicídio, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Já da acusação de ocultação de cadáver o réu foi absolvido.
 
Já a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Souza foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo crime de sequestro e cárcere privado de Eliza, enquanto a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, foi absolvida das acusações de sequestro de "Bruninho".
 
Na próxima segunda-feira (21), vai a júri o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", que responde por homicídio e ocultação de cadáver. Além dele, ainda serão julgados em maio o caseiro Elenilson Vitor da Silva e o motorista do atleta na época, Wemerson Marques de Souza, o “Coxinha”.
 
Um inquérito aberto no início do ano investiga ainda a participação dos ex-policiais José Laureano de Assis, o "Zezé", e Gilson Costa na execução de Eliza Samudio e no desaparecimento do corpo. Caso seja confirmado o envolvimento dos suspeitos, o Ministério Público Estadual (MPE) pode oferecer denúncia contra os dois e, se aceita, os investigados também podem ser levados a julgamento.

Atualizada às 22h02
Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por