Defesa do goleiro Bruno tenta anular paternidade do filho de Eliza

Hoje em Dia
Publicado em 12/08/2014 às 12:41.Atualizado em 18/11/2021 às 03:45.
 (Flávio Tavares/Arquivo)
(Flávio Tavares/Arquivo)
A defesa do goleiro Bruno Fernandes tenta comprovar na Justiça que o filho de sua ex-amante, Eliza Samudio, não é seu. Para isso, os advogados do atleta protocolaram, na Vara de Família do Rio de Janeiro, uma ação rescisória. Pelo assassinato de Eliza, que segundo o Ministério Público teria sido motivado porque Bruno não queria reconhecer a paternidade do filho, o goleiro foi condenado a 22 anos e três meses de prisão.
 
Francisco Simin e Tiago Lenoir, que representam Bruno, informaram que o caso segue em segredo de Justiça, por isso não detalharam a intenção da defesa com a nova manobra. "Discutimos questões processuais que foram feitas de forma indevida na época", resumiu Lenoir.
 
Em entrevista anterior, ele havia dito que a Justiça comprovou a paternidade do menino, em julho de 2012, por presunção e que Bruno só quer a verdade. "Na época os advogados não deixaram ele fazer o exame de DNA. A gente constatou que seria interessante a realização do exame. O Bruno só quer comprovar a paternidade".
 
Atualmente, o menino mora com a avó materna no Mato Grosso do Sul
 
Entenda o caso
 
Segundo a denúncia do Ministério Público, em 6 de junho de 2010, Bruno, "Macarrão", Fernanda Gomes de Castro, então namorada do goleiro, e Jorge Luiz teriam sequestrado Eliza e seu filho. Com a ajuda de Dayanne Rodrigues, Sérgio Rosa Sales, Elenílson Vitor e Wemerson Marques, eles mantiveram a vítima em cárcere no sítio do atleta, em Esmeraldas. Depois de seis dias de cativeiro, a vítima foi levada ao encontro de "Bola", que a asfixiou. O cadáver dela nunca foi encontrado.
 
Entre os condenados estão "Macarrão", que deve cumprir 15 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado; Fernanda, que foi condenada a cinco anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado de Eliza e Bruninho; o ex-goleiro Bruno foi sentenciado a 22 anos e três meses pelo homicídio triplamente qualificado e pela ocultação do cadáver de ex-amante, além do sequestro do próprio filho; e "Bola", que foi condenado a uma pena de 22 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado e por ocultação de cadáver. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi absolvida das acusações.
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