Um morador do bairro Céu Azul, em Venda Nova, denunciou o descaso da empresa da linha 616 (Kátia/Estação Pampulha) com os passageiros do transporte público, nesta quarta-feira (17), por volta das 15h, na Estação MOVE Pampulha. No vídeo enviado à reportagem é possível ver uma longa fila de pessoas esperando para embarcar no coletivo.
Segundo José Duarte, que é aposentado e tem 66 anos, os ônibus do MOVE que passam pela região central da capital em sentido à região da Pampulha estão sempre cheios. O tempo de espera na estação também é um problema. “Eu cheguei na estação do Centro e fiquei 40 minutos esperando o ônibus. Isso é uma vergonha. 'Cadê' a fiscalização das empresas, por parte da BHTrans que não fiscaliza nada?”, questiona.
O uso de máscara dentro dos veículos é outro ponto que, para o morador de bairro Céu Azul, mostra desrespeito dos usuários pelas normas sanitárias de prevenção à Covid e a falta de fiscalização da BHTrans. “De cada dez passageiros que entram nos ônibus que vão para o bairro apenas três usam máscara”, relatou.
Em março de 2020, a Prefeitura de Belo Horizonte gastou mais de R$ 220 milhões em compra antecipada de vale-transporte, para que as empresas de transporte público que operam na cidade aumentassem a frota de ônibus disponíveis. De acordo com o a administração municipal, o objetivo da medida era diminuir o número de pessoas dentro dos veículos para evitar o aumento da transmissão do coronavírus.
Procurada, a BHTrans informou que é dever das concessionárias cumprir a lotação máxima permitida e os quadros de horários determinados para as linhas. E que as empresas sempre são notificadas no caso de descumprimento das normas.
A reportagem procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte que não respondeu.
Veja o vídeo