Epidemia

Dengue em BH: atendimentos em unidades de saúde mais que dobram em uma semana

Dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (22) e são referentes a fevereiro

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/02/2024 às 13:40.Atualizado em 22/02/2024 às 15:26.

Em meio à epidemia de dengue que fez Belo Horizonte decretar estado de emergência no último sábado (17), o número de atendimentos nas Unidades de Reposição Volêmica (URVs), também conhecidas como centros de hidratação, mais do que dobrou em apenas uma semana. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira (22).

De 4 a 10 de feveiro, 91 pessoas foram atendidas,  e de 11 a 17, 183, o que representa um aumento de 101%. As URVs foram instaladas pela prefeitura para socorrer pacientes que precisam de hidratação por via intravenosa. A finalidade é repor os fluidos e sais perdidos, prevenir ou tratar quadros de desidratação e fornecer nutrientes.

A técnica em próteses odontológicas Marilene Moreira, de 68 anos, foi até uma das três URVs, na UPA Centro-Sul, para acompanhar a filha que está com dengue. Ela conta que aguardou cerca de três horas pelo atendimento. 

“Passou pela triagem, passou pelo médico, que demorou um pouquinho e está sendo medicada. A nossa preocupação é com a dengue, porque a nossa rua inteira (no bairro Sagrada Família) está com dengue. Muita casa abandonada, muito lixo na rua, muito mato... muitos cuidam e outros não”, afirmou.

Já a dona de casa Efigênia da Costa, de 67 anos, foi até o centro de hidratação para acompanhar o genro, que também está com sintomas da doença. Ele teve febre alta, dor no corpo e manchas na pele. Efigênia elogiou o atendimento e deixou um recado à população.

“A gente fala do atendimento, mas temos que tomar o cuidado para evitar a doença. Tira 10 minutos e limpe o seu quintal todos os dias. Posso fazer por mim, mas não posso pelo meu vizinho. E do vizinho quando olhei, tinha uma piscina cheia de larva do mosquito. Cada um tem que fazer sua parte”, relatou.

Atualmente, estão em funcionamento as URVs da UPA Centro-Sul, do Hospital Julia Kubitschek, no Barreiro, e uma em Venda Nova, na rua Padre Pedro Pinto. O atendimento funciona 24 horas.

Centros de Arboviroses

Os Centros de Atendimento de Arboviroses (CAA) também registraram alta no número de pacientes atendidos em fevereiro. Entre as semanas do de 4 a 10 e 11 a 17 de fevereiro, os números saltaram de 2.306 para 2.679, o que representa alta de 16%.

A Prefeitura de Belo Horizonte orienta que pessoas com sintomas como febre, dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos e dores musculares e articulares, procurem, inicialmente, os centros de saúde ou os CAAs. Essas unidades funcionam nos mesmos endereços das URVs.

*Estagiário sob supervisão de Valeska Amorim

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