Denúncia de maus-tratos a cães acaba em confusão em Venda Nova

Hoje em Dia
Publicado em 16/11/2014 às 09:30.Atualizado em 18/11/2021 às 05:02.
Denúncias de maus-tratos a cães provocaram confusão em Venda Nova, na capital. No sábado (15), protetores do Grupo Caridade em Ação se mobilizaram para o resgate dos animais que estariam abrigados em um lar na região. Os ativistas discutiram com uma das sócias do local e a polícia teve que intervir. Não houve prisões.
 
Os lares são administrados por Roberta Dutra e Sheila Reis. De acordo com a ativista Kayne Crivellari Rosa, o objetivo do grupo era cobrar notícias sobre cães desaparecidos. “Em Esmeraldas (na Grande BH) foram resgatados 23 esta semana, mas era para ter 40. Temos fotos de cães mortos e praticando canibalismo. Outros sete gatos sob os cuidados delas também estão sumidos”. Kayne disse que foi feito um boletim de ocorrência de maus-tratos e estelionato.
 
A denúncia chegou à Polícia Militar na última quarta-feira, depois que uma integrante do grupo de protetores foi até o lar sediado em Esmeraldas para resgatar um cão. Os animais, abandonados, não tinham comida e dois estavam em estado de decomposição. No dia seguinte, os protetores foram até o local e retirou os cães de lá. 
 
Tristeza
 
A estudante Paula Márcia Paulino revoltou-se ao resgatar, ontem, os cães Fuinha e Nuguete, dos quais era madrinha financeira. Ela pegou os animais no bairro Nazaré (Nordeste de BH) e levou-os para o lar temporário. “Eles estão fedendo, cheios de carrapatos. O Nuguete tem uma ferida na orelha, suspeita de leishmaniose. Ela só pedia o dinheiro para a ração, e eu achava que estava tudo numa boa”. 
 
“A responsável cobrava entre R$ 100 e R$ 150 para cuidar dos bichinhos e os deixava em situação precária. Não dá nem para saber quantos já devem ter morrido por causa disso”, afirma Melanie Jardines, que participou do resgate em Esmeraldas. O grupo conseguiu entrar no local com autorização do caseiro do terreno. O homem teria admitido que os animais passavam fome. Os cães foram levados para uma clínica veterinária em Contagem, onde 19 permanecem internados. Os outros foram resgatados pelos antigos donos. “É um absurdo uma pessoa fazer uma coisa dessas se aproveitando da boa-fé dos outros”, frisou Melanie. Roberta Dutra negou as denúncias. Ela alegou ter contratado um funcionário para alimentar os animais e fazer a limpeza do local. “Ele não cumpriu o acordo. O processo está correndo na Delegacia de Esmeraldas. Eu não cometi nada irregular, porque não lucrava com isso”, rebateu.
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