Na próxima segunda-feira (16), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fará a primeira reunião da Comissão Extraordinária criada nesta semana para discutir assuntos relacionados ao rompimento da barragem em Mariana. Onze deputados que integram o grupo poderão pedir um levantamento de todas as estruturas do estado, questionar a legislação vigente e sugerir projetos de lei sobre o tema.
A princípio, a intenção dos parlamentares era instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigasse a tragédia. Um pedido assinado por 39 deputados estaduais chegou a ser entregue ao presidente da Casa, Adalclever Lopes.
No entanto, ele justificou que a Comissão Extraordinária lhe pareceu mais propícia para o momento. “Estamos prestes a entrar em recesso e a Comissão pode manter as atividades nesse período. A CPI, por outro lado, precisaria de ser interrompida”, disse.
Além disso, ele acredita que o trabalho de investigação já está sendo feito por outros órgãos, como Polícia Civil e Ministério Público. “Não tomei a decisão sozinho. Outros políticos, representantes de diferentes blocos, concordaram com a escolha”, frisou.
Polêmica
Ainda assim, a alternativa foi duramente criticada por alguns parlamentares, que consideram limitada o poder de atuação de uma Comissão Extraordinária. Em forma de protesto, prometem obstruir a pauta da ALMG, até que a decisão seja revertida.