Descaso e convívio com buracos, uma rotina diária para quem usa a BR-116

Thaís Mota - Do Portal HD
Publicado em 17/01/2013 às 12:49.Atualizado em 21/11/2021 às 20:43.
 (Claudinei Gabriel/Divulgação)
(Claudinei Gabriel/Divulgação)

O descaso com as rodovias federais e estaduais é um problema enfrentado diariamente pelos motoristas que cruzam as estradas brasileiras. Na BR-116, que liga a região do Sul do país ao Nordeste, uma depressão na altura do km 666 tem provocado inúmeros transtornos a quem precisa passar pela rodovia.

No trecho, localizado em São Francisco do Glória, na região da Zona da Mata mineira, as duas pistas da BR são irregulares e apresentam desníveis altos. Por causa do problema, que segundo moradores e motoristas que conhecem o trecho já existe há mais de cinco anos, foi improvisada uma passagem por cima para quem segue sentido Bahia. Já quem vem sentido Rio de Janeiro, passa pela pista inferior.

Mas, segundo o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Muriaé, Mozart Batista, nem sempre o trânsito flui pelas duas pistas. Há casos de carros baixos e cegonheiras que precisam passar pela contramão para evitar de ficarem atolados na rodovia. "Não são comuns acidentes no trecho porque os veículos têm de passar pelo local com velocidade reduzida, mas já atendi uma ocorrência de uma cegonheira que caiu na canaleta de água, complicando o trânsito na região", disse.

Problemas como estes são mais comuns nesta época do ano, quando começa o período de chuvas. Segundo o policial, o trânsito no sentido Rio de Janeiro fica praticamente impossível. Os veículos têm de passar de maneira alternada pela pista de cima, o que provoca quilômetros de congestionamento no trecho
 

BR-116 2 - 17/01
Problema recorrente - caminhões e carretas ficam atolados na rodovia federal (Foto: Claudinei Gabriel/Divulgação)


O vendedor de embalagens Claudinei Gabriel mora em Muriaé mas passa pelo menos seis vezes por semana pelo trecho com problemas. Ele viaja a trabalho e conta que as depressões na pista existem há pelo menos cinco anos, mas nada é feito no local para solucionar os desníveis. "Eu me lembro que foi feita uma obra por uma concessionária em 2007, mas o problema persistiu e desde então nada mais foi feito no trecho", conta.


Revoltado com o descaso das autoridades competentes com uma importante rodovia federal como a BR-116, Claudinei Gabriel conta que já viu vários caminhões tombando no local e veículos atolando por causa das más condições do trecho. Ainda segundo o vendedor, quando a situação piora, moradores e empresários da região jogam pedras, cascalhos e terra para tentar nivelar o local.


Segundo a assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela rodovia, uma instabilidade geológica é a causa dos problemas relatados no km 666. Ainda conforme o órgão, será necessário fazer uma variante no local, ou seja, mudar o curso na rodovia em função do problema. O Dnit informou ainda que uma licitação está sendo preparada para a realização de obras no local e o edital deverá ser lançado ainda no primeiro semestre de 2013.


 

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