Quase dois anos depois, a máscara de proteção deixará de ser obrigatória nos locais ao ar livre em Belo Horizonte. O uso do equipamento de proteção contra a Covid é exigido desde julho de 2020. Apesar da flexibilização, o acessório ainda é uma das principais medidas para barrar o contágio da doença.
A medida foi anunciada ontem pelo prefeito Alexandre Kalil e está em vigor, após ser oficializada por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município, na edição desta sexta-feira (4).
A liberação tem aval do Comitê de Enfrentamento à enfermidade, formado pelo secretário municipal de saúde e infectologistas voluntários. O avanço da vacinação contra o coronavírus e a disseminação da variante Ômicron em janeiro e fevereiro são os principais fatores levados em conta.
“A gente sabe que a vacina está avançando, inclusive das crianças, que a gente teve dificuldade no começo e agora temos 70% da população infantil vacinada. Diante disso, da ampla disseminação da Ômicron em janeiro e fevereiro e entendendo que a transmissão não ocorre de forma eficiente em ambiente aberto, é seguro tomar a medida”, disse o médico Unaí Tupinambás.
O especialista esclarece que a proteção ainda é importante em ambientes fechados e em aglomerações. “É recomendado que as pessoas ainda usem máscaras, incluindo nos estádios de futebol.Essa é uma medida que pode retroagir caso a situação se complique, mas acho pouco provável”, ressalta o infectologista.
O comitê não acredita que as aglomerações registradas na capital durante o Carnaval surtirão efeito nos indicadores da pandemia. Ainda assim, Unaí Tupinambás reforça que as pessoas deveriam ter utilizado as máscaras durante o período festivo e que as aglomerações podem ter o efeito de desacelerar a queda dos indicadores do coronavírus.
Números
Nas últimas 24h, Belo Horizonte registrou duas mortes em decorrência da Covid-19. O número de óbitos chegou a 7.449. Todos os índices de monitoramento da doença permanecem em nível verde.
A taxa de transmissão se mantém em 0,75. O indicador RT aponta que a cada 100 infectados outras 75 pessoas podem ser contaminadas. O ideal é que fique sempre abaixo de 1. A ocupação de leitos de UTI está em 40%. Já 36,1% dos leitos de enfermaria estão sendo utilizados.
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