O mês de novembro é dedicado à campanha de conscientização do diabetes. Na próxima terça-feira (14), é celebrado o dia mundial da doença, que visa chamar a atenção para os fatores de risco e a relevância do controle da doença para evitar complicações de saúde.
A endocrinologista, Membro da Sociedade Brasileira de Diabetes e professora da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, Dra. Patrícia Fulgêncio, alerta sobre a prevenção da doença.
"É recomendado a realização de exames de sangue para rastreio da doença e a consulta médica regularmente. A alimentação equilibrada, com baixo consumo de carboidratos e açúcar, e a conciliação com alguma atividade física também auxiliam no controle da glicose no organismo”.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 12,3 milhões de brasileiros convivem com o diabetes, uma síndrome metabólica de origem múltipla resultante da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer sua função, levando à elevação da glicemia.
Existem dois tipos principais de diabetes: o tipo 1, em que o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina, sendo mais comum em jovens e crianças; e o tipo 2, resultante da resistência à insulina, mais prevalente em adultos após os 40 anos.
Ainda de acordo a especialista, a manifestação do diabetes pode apresentar diversos sinais, como sede intensa, feridas e infecções na pele que demoram a cicatrizar, alterações visual, obesidade, fome intensa, vontade frequente de urinar, cansaço e desânimo. Além disso, fatores de riscos que incluem histórico familiar da doença, sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial e envelhecimento, podem colaborar para o surgimento da comorbidade.
Prevenção e tratamento
A principal maneira de se prevenir o diabetes, não apenas na infância e na adolescência, mas em qualquer idade, consiste na adoção de uma rotina de vida mais saudável.
O tratamento envolve medicamentos orais e/ou injeções de insulina, variando de acordo com a recomendação médica, tipo de diabetes e evolução da doença. O monitoramento diário da glicose, acompanhamento regular com médicos especialistas, reeducação alimentar e atividade física são fundamentais para o manejo adequado dessa condição.