Diante de ameaças, defesa quer liberdade de testemunha do caso Bruno

Do Portal HD
30/07/2012 às 20:54.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:58
 (Carlos Roberto/Hoje em Dia)

(Carlos Roberto/Hoje em Dia)

  O advogado do homem que denunciou que a ex-modelo Eliza Samudio foi queimada e teve suas cinzas jogadas em um rio entrou com pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (30) na Vara de Execuções de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O defensor Ângelo Carbone quer que Jaílson Alves de Oliveira deixe a Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria. Segundo o defensor, seu cliente está sendo ameaçado de morte dentro do presídio.   "Ele dorme todos os dias mas não sabe se vai acordar vivo", declarou. Segundo Carbone, a mulher de Jaílson confirmou que ele está recebendo ameaças quase que diariamente. "Meu cliente é uma testemunha vida de um crime que chocou o Brasil. Eles não querem a presença dele no julgamento", disse o defensor.   Quando estava preso na mesma cela que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Jaílson denunciou que ele estaria planejando a morte e execução de várias autoridades que estavam a frente da investigação sobre o desaparecimento da ex-amante do então goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes de Souza. Além disso, o detento contou que ouviu a confissão de Bola de que os restos mortais de Eliza Samudio teria sido queimado e jogado na lagoa do Nado, no bairro Planalto. O corpo da ex-modelo nunca foi encontrado.   O advogado informou que Jaílson já cumpriu mais de 1/3 da pena da qual foi condenado pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo Carbone, o fato de ter fugido do Centro de Remanejamento de Presos São Cristóvão (Ceresp) recemente não deve prejudir a saida de seu cliente da cadeia. "A polícia deixou ele sair pela porta da frente. Ele na verdade fugiu com medo de morrer", declarou   "O Bruno é muito influente e tem carisma na penitenciária. Já o Bola tem muitos amigos policiais lá dentro. O Jaílson já foi ameaçado com uma arma apontada na cabeça. Ele tem que deixar a Nelson Hungria", defendeu Carbone. "Ele fez um bem para sociedade e não pode ser punido por isso", declarou o advogado.   Execução   Jaílson Alves de Oliveira denunciou, em abril de 2011, que Bola pretendia contratar o traficante  Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem da Rocinha”, para matar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado Edson Moreira, os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. Segundo a denúncia, o ex-policial teria confessado ainda que matou Eliza Samudio, mas que a polícia jamais encontraria o cadáver da amante do ex-goleiro Bruno. A polícia chegou a fazer buscas no local indicado pelo detento, mas nenhum vestígio foi encontrado. Durante acareação com Jaílson, Bola negou que tivesse planejado as execuções e o assassinato de Eliza Samudio.

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