Mais de 12 milhões de pessoas (6,3% da população) se preparam para concursos no Brasil. Em um país onde a maioria ganha até um salário mínimo (R$ 678), a oportunidade de maiores vencimentos e a estabilidade no trabalho, afastando a ameaça do desemprego, são os principais atrativos para quem se debruça sobre os livros e apostilas.

E a tarefa dos “concurseiros” não é fácil, devido à grande concorrência por uma vaga. A estatística de interessados nos exames de seleção para o mercado de trabalho é da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac).

Para deixar essas pessoas informadas sobre ofertas de vagas, lançamento de editais de concursos, dar dicas e orientações, o Hoje em Dia começa a publicar, nesta semana, uma página dedicada aos “concurseiros”. A publicação será todas as quintas-feiras, no caderno Minas.

A proposta é ajudar os leitores a ter experiências bem-sucedidas, como as que deram origem ao livro “Como passei em 15 concursos?” (Editora Método), escrito pelo delegado da Polícia Federal (PF) e professor universitário José Roberto Lima.


Início da carreira

Formado em direito, o escritor de 52 anos nasceu em Leopoldina, na Zona da Mata. Aos 21, ele passou no primeiro concurso, para porteiro da UFMG. “Preferi continuar trabalhando em uma loja de Belo Horizonte, onde ganhava três vezes mais”.

Em 1983, Lima foi aprovado no curso de formação de soldados da Polícia Militar. Eram 50 vagas para 2 mil candidatos. Chegou à patente de sargento, antes de passar no concurso para detetive da Polícia Civil, atual cargo de investigador.

Entre outras funções exercidas por ele, após disputas acirradas em exames públicos de avaliação, o “especialista” em concursos ocupou os postos de agente de segurança do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – em Vitória, o único fora de Minas –, técnico judiciário federal e professor de direito da Prefeitura de BH (aprovado em 1º lugar).

Em 1998, Lima passou no último concurso: foi aprovado para os quadros da PF. Além de corregedor da corporação, ele dá aula nos cursos de direito de duas faculdades particulares da capital.


Comportamento

O escritor ressalta que, ao contrário de outras obras sobre concursos, o livro dele não se resume à trajetória pessoal do autor. “Isso é abordado em poucas páginas”. A ideia central é passar dicas e orientações de comportamento que podem resultar na aprovação do candidato.

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