Marcos Vinícius detalhou o desenrolar dos fatos, enfatizando a convicção quanto à autoria e dinâmica do crime. (Divulgação / PCMG)
Uma discussão provocada após o atropelamento de um cachorro, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, resultou no homicídio de um homem, de 26 anos, no bairro São Pedro, e deixou outra vítima ferida. Esta foi a conclusão da Polícia Civil de Minas sobre o caso ocorrido no último dia 6 de agosto. O suspeito do crime, de 38, foi preso temporariamente na quarta-feira (23).
De acordo com o delegado Marcus Vinícius Silva Rios, responsável pelo inquérito policial, o atropelamento acidental de um cachorro desencadeou uma "acalorada discussão" entre o motorista do veículo e o tutor do animal.
“A disputa escalou rapidamente, culminando com o suspeito indo atrás da vítima e efetuando tiros fatais”, revelou o delegado em entrevista na tarde desta quinta-feira (24).
As apurações, que contaram com a perícia no local no dia do fato e levantamentos da Delegacia Especializada de Investigação de Homicídios, rapidamente levaram à identificação de testemunhas e câmeras de segurança que apoiaram as investigações.
“Já na manhã do dia seguinte ao crime, a autoria dos fatos e a motivação foram esclarecidas”, disse Rios.
Assim, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do suspeito, deferida pelo Poder Judiciário e cumprida ontem. Apesar de especulações sobre sua rendição, o investigado permaneceu foragido por cerca de 17 dias, até que se entregou às autoridades na quarta-feira.
Marcos Vinícius detalhou o desenrolar dos fatos, enfatizando a convicção quanto à autoria e dinâmica do crime.
“O atropelamento do cachorro foi acidental, mas o suspeito, tutor do animal, seguiu o veículo até a residência das vítimas, onde realizou os disparos. As informações obtidas sugerem que a arma utilizada no crime estava registrada em nome do investigado e foi apreendida no local, junto com sua motocicleta e capacete”, explica o delegado, acrescentando que o homem teve passagens breves por órgãos de segurança pública de São Paulo e de Minas Gerais, pedindo exoneração dos cargos recentemente.
A Polícia Civil aguarda laudos periciais de necropsia, perinecroscópico e análise balística para concluir o inquérito.
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