Dono de funerária de Conceição do Mato Dentro é inocentado em acusação de homicídio

Cinthya Oliveira
10/05/2019 às 14:32.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:35
 (TJMG/Divulgação)

(TJMG/Divulgação)

O dono de uma funerária de Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas, foi inocentado pelo júri popular da acusação de homicídio do funcionário de uma empresa concorrente. Nessa quinta-feira (9), o Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte decidiu inocentar o réu depois que o próprio Ministério Público reconheceu que não havia provas suficientes para comprovar a autoria do crime.

O acusado, que se declarou inocente, também foi inocentado de uma tentativa de homicídio. Ele afirmou ao júri que está no mercado há 35 anos e nunca havia tido desavenças com concorrentes.

Segundo as investigações, o réu teria ficado incomodado com a chegada à cidade de mais uma funerária, pois até o momento só a sua empresa atuava nesse ramo em Conceição do Mato Dentro. O empresário teria, então, feito ameaças ao concorrente, sua família e seus funcionários, pressionando para que encerrassem as atividades no município.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de setembro de 2017, dois funcionários da empresa funerária concorrente foram alvos de um atentado, enquanto passavam por uma estrada da zona rural, a serviço da empresa para qual trabalhavam. Uma das vítimas morreu e a outra sobreviveu aos ferimentos. O crime teria sido planejado pelo acusado, de acordo com os promotores, mas não houve provas concretas para provar isso.

O promotor Gustavo Fantini de Castro apontou diversos indícios de que o réu foi o mandante do crime. Falou sobre o atirador, que ainda está respondendo ao processo pelos crimes em Conceição do Mato Dentro. As provas deixam claro quem foi o executor, mas no processo não existem dados que comprovem que o empresário tenha sido o mandante.

Na capital

O julgamento foi realizado em Belo Horizonte a pedido da juíza da comarca de Conceição do Mato Dentro, por uma questão de segurança. Assim que realizou a sentença de pronúncia e o sorteio dos jurados, a magistrada foi informada de que os membros do júri temiam por suas vidas.

Isso porque, dias antes dessa sentença, em março de 2018, o proprietário da funerária concorrente havia sido assassinato em Colatina, no Espírito Santo. Ele era uma das testemunhas de acusação no caso dos tiros disparados contra seus funcionários.

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