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O Carnaval em Belo Horizonte também será vigiado por drones com câmeras que contarão com superzoom para o reconhecimento facial. Pessoas com mandados de prisão em aberto no meio da multidão poderão ser identificadas pela tecnologia - usada em 2024 nas Plataformas de Operações Elevadas. As aeronaves ainda contam com sirene e giroflex para alertas sonoros e luminosos.
Uma demonstração do novo sistema foi feita nesta quarta-feira (19) pela Polícia Militar. As câmeras inteligentes são capazes de filmar em 360°. Já os drones podem ser operados por um militar num raio de três a quatro quilômetros de distância.
As imagens captadas são enviadas em tempo real às bases centrais, sendo processadas e comparadas com o banco de dados das forças de segurança. Segundo a PM, caso algum suspeito seja identificado, os militares em patrulhamento preventivo serão imediatamente acionados para realizar a abordagem.
Neste ano, a expectativa é que 200 drones sejam utilizados durante a folia em todo o Estado, mas somente as de BH terão o reconhecimento facial. Segundo a PM, por questões de segurança não é possível informar o total de aeronaves disponibilizadas para a capital.
Mais de 100 pessoas foram presas durante testes do novo sistema, diz PM
O sistema de reconhecimento facial está em fase de teste há duas semanas na capital. Segundo o comandante-geral da corporação, coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, durante esse período, as câmeras tiveram uma assertividade de 93%. O militar informou que 116 pessoas que estavam com mandados em aberto foram presas. Detalhes sobre as prisões não foram informados.
A expectativa é que o uso da tecnologia - agora restrito ao Carnaval - seja ampliado em todo o Estado. "Claro que é um sistema que vai nos ajudar muito em eventos de grandes aglomerações, como é o caso de um jogo de futebol. Mas, por enquanto, o projeto piloto é no Carnaval de BH. Depois iremos avaliar”, disse o vice-governador de Minas, Mateus Simões.
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