Empresas de fachada

Dupla é presa suspeita de fraude milionária na região Centro-Oeste de Minas

Segundo apurado, suspeitos movimentaram mais de R$ 20 milhões

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 19/12/2024 às 08:23.Atualizado em 19/12/2024 às 09:21.
Recursos obtidos eram usados na aquisição de máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, pás-carregadeiras e retroescavadeiras (Divulgação/PCMG)
Recursos obtidos eram usados na aquisição de máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, pás-carregadeiras e retroescavadeiras (Divulgação/PCMG)

Operação decorrente de investigação sobre um esquema de fraudes financeiras prendeu duas pessoas investigadas por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil de Minas Gerais em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18), em Divinópolis.

Além das prisões preventivas, foram cumpridos cinco mandados de busca em Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste, e em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo apurado, o esquema movimentou mais de R$ 20 milhões.

Durante a operação, os policiais apreenderam R$ 138 mil em dinheiro, cheques, carros de luxo, computadores, documentos e aparelhos celulares. O material será analisado para prosseguimento do trabalho investigativo em andamento na Delegacia de Polícia Civil em Divinópolis.

As investigações, iniciadas em agosto de 2024, revelaram que os suspeitos criavam empresas de fachada, utilizando laranjas (pessoas interpostas) para praticar fraudes financeiras e obter financiamentos em instituições bancárias.

Os recursos obtidos eram usados na aquisição de máquinas pesadas, como tratores, empilhadeiras, pás-carregadeiras e retroescavadeiras. O esquema foi descoberto após uma negociação fraudulenta que causou um prejuízo superior a R$7 milhões.

A delegada Adrienne Lopes detalhou como os suspeitos agiam: "Eles montavam empresas fictícias em diversos setores, criadas exclusivamente para serem utilizadas nos golpes. Usavam documentos falsificados para obter financiamentos e, com esses recursos, adquiriam mercadorias, que depois revendiam. Por meio dessa prática, movimentaram cerca de R$22 milhões".

Ainda segundo a delegada, que coordenou a operação, os levantamentos apontam que a rede criminosa operava com cerca de 23 empresas e mais de 50 CNPJs fraudulentos.

Adrienne Lopes acrescentou que a investigação não se limita aos suspeitos presos, abrangendo também outros envolvidos nas transações fraudulentas. "Estamos apurando a participação de compradores que forneciam documentos falsos para viabilizar essas negociações”, adiantou.

Os dois homens presos na operação permaneceram em silêncio, e as investigações continuam. "Nosso objetivo é desmantelar essas redes criminosas que prejudicam a economia e afetam a sociedade, garantindo que todos os responsáveis sejam punidos", concluiu a delegada.

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