Servidores em home office

Elevadores só devem voltar a funcionar na Cidade Administrativa em 2025

Uma coletiva foi realizada na manhã desta sexta-feira para detalhar a situação na sede do governo do Estado.

Da Redação
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Publicado em 10/05/2024 às 09:28.Atualizado em 10/05/2024 às 21:46.

A solução para o problema dos mais de 50 elevadores da Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas, deve ficar para 2025, conforme anunciou o Executivo estadual nessa sexta-feira (10). Até lá, parte dos servidores deve trabalhar no esquema de home office. As atividades presenciais foram suspensas em caráter de urgência. A medida se deve à necessidade de paralisação do uso dos elevadores sociais e privativos dos prédios Minas e Gerais.

"Nós não conseguimos que todos eles sejam reparados antes do final do próximo semestre. Mas o que o Estado vai proceder, a estratégia já está definida, é fazer esse reparo em fases, priorizando o reparo dos elevadores que percorrem os 14 andares da Cidade Administrativa nos dois prédios, para que a gente tenha então o retorno gradual das atividades", disse a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto.

O vice-governador Mateus Simões informou que uma nova perícia foi feita na quinta-feira, obrigando a paralisação. "Infelizmente, a gente veio detectando por conta do nosso serviço de manutenção a existência de uma poeira no lugar onde ela não deveria existir, isso no final do ano passado. Então, nós naquele momento, contratamos emergencialmente uma perícia e, na detecção de que haveria algum risco, nós suspendemos o uso dos elevadores que apresentavam esse problema de forma mais evidente. Infelizmente, fizemos uma licitação para reparo e a empresa que ganhou se recusou a iniciar as obras. Isso acendeu um sinal de alerta adicional no governo do Estado".

Segundo ele, o novo estudo foi assertivo para a suspensão do uso dos elevadores. "Nós realizamos novas perícias, dessa vez envolvendo o nosso corpo técnico e, infelizmente o laudo nos deixou ontem, quando foi entregue no final do dia, muito preocupados. Nós dispensamos todos os servidores porque não faria sentido, antes da gente reorganizar a atividade, deixar os servidores passando pelo desgaste ter de subir escadas num prédio de 14 andares", detalhou Simões.

O problema nos elevadores da Cidade Administrativa, no prédio Minas, começaram em novembro de 2023, após uma manutenção de rotina direcionar para a interdição. Assim, os de uso privativo foram disponibilizados para uso comum.

Uma empresa contratada pelo Executivo estadual para periciar as estruturas emitiu um laudo em março de 2024, apontando que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares. 

A mesma empresa que fez a vistoria detectou falhas em elevadores do outro prédio do complexo administrativo, o Minas - que também receberá a obra estrutural. Lá, os equipamentos estão interditados desde novembro do ano passado. Naquele mês, um servidor de 66 anos morreu após um mal súbito, enquanto subia as escadas do edifício.

O outro lado
A Cidade Administrativa foi construída durante a gestão do ex-governador Aécio Neves, em 2010. O Hoje em Dia procurou o hoje deputado federal, mas quem está se pronunciado sobre o caso é o PSDB. Em nota, assinada pelo deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente da legenda em Minas, as declarações de Mateus Simões são classificadas como "levianas e irresponsáveis".  

Conforme os tucanos, o caso deve ser tratado com maior seriedade e responsabilidade. "A Cidade Administrativa, obra da qual o PSDB muito se orgulha e que trouxe extraordinária economia aos cofres do estado, foi entregue há 14 anos, depois de análise de todos os órgãos de fiscalização, em pleno e correto funcionamento. Nunca houve de governos anteriores, nem mesmo do atual, em seus quatro anos de primeiro mandato, qualquer reparo à nova sede do governo. A responsabilidade pela manutenção correta de qualquer obra pública é de responsabilidade das diferentes administrações que se sucedem".

O Hoje em Dia também tenta contato com a empresa responsável pela construção dos elevadores da Cidade Administrativa, mas ninguém foi localizado até o momento.

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