O total de chuva até esta segunda-feira (9) já alcançou a média histórica dos últimos 30 anos para fevereiro. Segundo o centro de climatologia da Cemig, em apenas sete dias chuvosos neste mês, foram registrados 206 milímetros na Região Metropolitana de Belo Horizonte, enquanto a média é de 206,3 mm para todo o mês. Os dados são da estação da companhia na região da Pampulha.
O técnico de planejamento hidroenergético da Cemig, Geraldo Paixão, diz que as chuvas acima da média já eram esperadas neste mês. A previsão é que as precipitações fiquem entre 10% a 20% a mais do que o acumulado total para fevereiro. Março também deverá igualar e até superar a média histórica em algumas regiões de Minas, como Central, Sul e Zona da Mata.
Para os próximos dias, a previsão é que as condições de chuva reduzam gradativamente até quarta-feira (11), quando já deverá iniciar um pequeno período de estiagem por três dias. Então, no fim de semana, a expectativa é a volta das chuvas características de verão, ou seja, com pancadas durante a tarde e noite.
Divergência
Os dados da Cemig diferem dos outros dois centros de climatologia de Belo Horizonte. Segundo o 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), onde os dados oficiais são considerados na estação localizada na avenida Raja Gabaglia, na região Centro-Sul, até as 10h desta segunda-feira o acumulado de chuva é de 138,7 mm. O número representa 73% da média histórica dos últimos 90 anos para o mês, que é de 188,4 mm.
No entanto, o meteorologista Luiz Ladeia concorda que a chuva neste mês deverá superar a média histórica. Ele informou que a estação utilizada é a da região Centro-Sul uma vez que é a mais antiga, enquanto a estação automática da Pampulha é mais recente. Os dados do Inmet também batem com os do Centro de Climatologia Tempo Clima Puc/Minas.
Sistema Paraopeba
Com a chuva acima da média, os reservatórios que alimentam a Grande BH registraram uma pequena melhora nos níveis de água, passando de 29,5% para 30,1%. Ainda assim, o janeiro de 2015 apresentou uma diferença negativa em comparação com 2014 e 2013, com registros de 38,9% e 55,6%, respectivamente.