Fechado desde abril

Em audiência na Câmara Municipal, associação propõe retomada do aeroporto Carlos Prates

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
22/06/2023 às 21:41.
Atualizado em 23/06/2023 às 14:18

Uma proposta de reativação do aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, cujas atividades foram interrompidas em abril deste ano, por decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi debatida em audiência pública na Câmara Municipal <(CMBH), nesta quinta-feira (22). De acordo com a associação Voa Prates, que apresentou a proposta de retomada das atividades, as críticas em relação aos acidentes nas proximidades do aeroporto "não condizem com a realidade".

Na audiência da CMBH, solicitada pelo vereador Wesley Moreira (PP), representantes da Voa Prates, integrada por empresas concessionárias, trabalhadores e usuários do aeroporto, defenderam a reativação dos serviços e apresentaram proposta de revitalização do espaço, que prevê a instalação, com recursos da iniciativa privada, de equipamentos que beneficiariam a comunidade e que poderiam estimular a geração de emprego e renda.

Como lembrou Estevam Velasquez, presidente da Voa Prates, o aeroporto abrigava cerca de 15 empresas, formando mil pilotos por ano. Caso o fim das atividades se torne definitivo, pelo menos 500 pessoas perderão os empregos e vários estudantes não poderão concluir seus cursos, já que Belo Horizonte não conta com nenhum espaço que possa suprir a demanda de formação de aviadores, de acordo com o representante da associação.

Revitalização do espaço 
Além da retomada do funcionamento regular do Carlos Prates, o projeto da associação propõe a implantação de uma série de equipamentos de interesse público no local, incluindo um museu da aviação, novos hangares, centros comerciais, espaço para oferta de cursos técnicos, além espaço na pista de pouso para recebimento de pacientes e órgãos para transplantes. Os investimentos necessários e as respectivas contrapartidas seriam financiados pela iniciativa privada.

Segurança
Um dos argumentos mais usados por quem defende o fechamento do aeroporto Carlos Prates diz respeito ao risco que a operação do equipamento impõe à população do entorno, especialmente em relação aos acidentes aéreos. No esntanto, segundo Estevam Velasquez, essa percepção "não estaria em conformidade com os fatos". Ele contou aos vereadores que, nos últimos 20 anos, apenas três acidentes, com quatro vítimas fatais, foram registrados no Carlos Prates, enquanto cinco acidentes com 14 mortes ocorreram no Aeroporto da Pampulha.

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