Em audiência, réu confirma que matou primo de Bruno por motivo passional

Do Portal HD
10/12/2012 às 19:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:19
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Alexandre Ângelo de Oliveira, réu confesso da morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, voltou a confirmar que cometeu o crime por motivo passional. Durante audiência de instrução realizada na tarde desta segunda-feira (10), o réu disse que matou o primo de Bruno porque ele teria assediado sua namorada, Denilza Cesário Silva. Já a mulher, que também foi ouvida em juízo, negou os fatos narrados na denúncia e disse que não teve nada a ver com os tiros disparados contra Sérgio. Ela apenas confirmou que contou ao namorado ter sido “abordada” pela vítima.   Na audiência desta segunda-feira, foram ouvidas oito testemunhas, sendo cinco de acusação e três de defesa, além dos dois acusados. Das 11 testemunhas arroladas, 3 de acusação foram dispensadas.   A promotora Mônica Sofia Pinto Henriques representou o Ministério Público. A advogada Adriana José Rodrigues Eymar é a assistente da acusação. Os réus estão assistidos pelos advogados Antônio Carlos Machado e Hélio Joventino.   Encerrada essa fase, defesa e acusação devem apresentar alegações finais num prazo de 48 horas, a começar pelo MP, seguido pela assistente de acusação e pelos defensores dos acusados. Após essa etapa, o processo será então concluso para o magistrado decidir se os acusados irão a júri popular.   Assassinato   Sérgio Rosa Sales foi assassinado no dia 22 de agosto deste ano, no bairro Minaslândia, na região Norte da capital. Ele havia deixado a penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves,no dia 11 de agosto do ano passado. O primo de Bruno respondia pelos crimes de homicídios triplicamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, e ficou 400 dias presos. Na época da saída disse que se sentia "feliz e aliviado".          O crime ocorreu na rua Aracitaba esquina com rua Maria Madalena. O local fica perto da casa onde ele morava e, segundo os policiais, a pessoa que denunciou o homicídio não se identificou. O denunciante contou que ouviu cinco disparos de arma de fogo na rua e várias pessoas gritando.   Quando os militares chegaram ao local, encontraram o corpo de Sérgio na via pública com cinco marcas de disparos de arma de fogo.   Liberdade   A liberdade de Sérgio foi decidida no dia 10 de agosto do ano passado, durante audiência na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Durante a sessão, os desembargadores Dorgal Andrada, Herbert Carneiro e Demilval de Almeida Campos decidiram, também, por unanimidade, que Bruno e os outros sete acusados de envolvimento pelo desaparecimento de Eliza Samudio vão a julgamento popular.   Mesmo não se livrando das acusações do crime, os familiares de Sérgio, na época, comemoraram a decisão. "Foi muita gritaria, festa e emoção quando recebemos a notícia que meu irmão seria solto", afirmou Cláudia Sales, irmã do acusado. O alvará de soltura foi assinado pela juíza Marixa Fabiane Lopes, por volta das 13 horas, na Vara Criminal de Contagem.

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