Em depoimento, Jaílson diz ter sido ameaçado por Bruno na cadeia

Renata Evangelista - Do Hoje em Dia
20/11/2012 às 16:10.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:26

A juíza Marixa Fabiane Rodrigues começou a ouvir o detento Jaílson Alves de Oliveira, do e 42 anos, às 15h55 desta terça-feira (20), no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Ele é a quarta testemunha de acusação ouvida no processo que investiga o desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio.  O interrogatório de Jaílson Oliveira teve início com a leitura do depoimento prestado por ele anteriormente ao no Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais (Deoesp). Questionado pela magistrada, Jailson confirmou que todas as informações estavam corretas e que ouviu de Bola que o corpo de Eliza teria sido queimado em pneus e os restos mortais jogados para peixes.   Jailson disse à juíza Marixa Fabiane que foi ameaçado pessoalmente pelo goleiro Bruno durante um banho de sol, na Penitenciária Nelson Hungria, na última segunda-feira (13). Segundo ele, o goleiro afirmou: "O Jaílson o que é seu está guardado. Os seus dias estão contatos. Você não sabe com quem está mexendo". Questionado sobre o relato de Jaílson, Bruno disse que nem conhece o detento.   A testemunha relatou ainda que foi ameaçado por um policial quando prestou o primeiro depoimento sobre o caso. Segundo o detento, ele foi algemado em um pedaço de ferro e coagido para retirar a denúncia que havia feito.   Jaílson dividiu cela com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pelo Ministério Público como executor do assassinato de Eliza. Em 26 de agosto de 2011, Jaílson foi à polícia e contou o que ouviu de Bola na cadeia.   Além da confissão da morte da morta de Eliza, Jaílson foi quem relatou o suposto plano de execução das autoridades que investigavam o caso na época do crime. Foi ele também quem disse que Luiz Fernando Romão, o Macarrão, seria um dos líderes do tráfico de drogas em Ribeirão das Neves, na RMBH.   O advogado Rodrigo Bizzotto, assistente da defesa de Bruno, solicitou que a plateia parasse de rir durante o depoimento de Jaílson. Segundo ele, as pessoas devem respeitar os réus que estão sendo julgados.

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