Em menos de 2 meses, casos de dengue e chikungunya passam de 10 mil em MG; são 3 mortes confirmadas
Chuvas e altas temperaturas aumentam alerta contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
![Casos confirmados da doença na capital passam de 78 mil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)](https://www.hojeemdia.com.br/image/policy:1.1002706.1737457899:1737457899/image.jpg?f=2x1&w=1200)
Em menos de dois meses, 10.891 casos de dengue e chikungunya já foram confirmados em Minas - média de 265 registros por dia, ou 11 a cada hora. Três pessoas morreram devido a complicações provocadas pelas doenças. O alerta contra as enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti tem sido constantemente reforçado, principalmente nesta época do ano em meio às chuvas e altas temperaturas.
Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que Minas registrou 27.326 casos prováveis (notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 9 mil foram confirmados, além de duas mortes. Há ainda 19 óbitos em investigação.
Em relação à chikungunya, são 2.497 casos prováveis da doença, dos quais 1.792 foram confirmados. Um óbito foi confirmado e um segue em investigação. Quanto ao vírus zika, até o momento há 11 casos prováveis, com duas confirmações no Estado.
Infectologista alerta para complicações provocadas pela dengue
Embora boa parte da população esteja familiarizada com a dengue, é preciso não baixar a guarda. O infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Gabriel Hypolito, explica que a doença pode se desdobrar em outras complicações, como hemorragias, sangramentos espontâneos, insuficiência renal, alterações no sistema nervoso, dentre outras que podem resultar em morte.
Os sintomas da doença são importantes também para a identificação da gravidade dela. De acordo com Hypolito, 95% dos infectados apresentam quadros com sintomas clássicos, como febre alta, coceira nas mãos e pés, fadiga, náuseas e dores de cabeça, musculares e atrás dos olhos.
Por outro lado, o infectologista afirma que os que representam os outros 5% das vítimas da dengue manifestam sintomas graves, como sangramentos, dores abdominais intensas e dificuldade de respirar. “Esses sintomas indicam que a doença pode evoluir de forma grave. Qualquer que seja o caso, a pessoa deve buscar atendimento médico o quanto antes”, aconselha Hypolito.
O médico também acende o alerta para o debate sobre os diferentes subtipos da dengue, afinal, uma pessoa só é imunizada pelo tipo em que foi infectada e a segunda infecção oferece o risco de desenvolvimento de formas mais graves da dengue.
“Isso ocorre devido a um fenômeno chamado de amplificação dependente de anticorpos, em que os anticorpos do primeiro tipo podem facilitar a entrada do novo vírus nas células, agravando a resposta inflamatória e, consequentemente, piorando os sintomas”, explica Hypolito.
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