Em protesto, guardas municipais fazem paralisação nesta sexta

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
22/02/2013 às 10:07.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:15
 (Emmanuel Pinheiro)

(Emmanuel Pinheiro)

Por melhores salários, adicional de risco e direito ao uso de armas os Guardas Municipais de Belo Horizonte realizam uma paralisação nesta sexta-feira (22) em frente à sede da Guarda Municipal, na avenida Andradas, no centro da capital mineira. De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais, Pedro Ivo Bueno, cerca de 40% do efetivo de 2.300 guardas municipais cruzaram os braços nesta sexta e não têm intenção de voltar aos trabalhos enquanto a pauta de reivindicações não for atendida. “Não há condições de voltar para as ruas assim, queremos o uso de equipamentos de proteção como colete a prova de balas e o direito ao porte de armas. Belo Horizonte é a única capital do país que não libera armas para a Guarda Municipal”, afirmou. Por outro lado, a assessoria da corporação informou que há sim outras capitais brasileiras nas quais a guarda não é feita por homens armados, como no Rio de Janeiro. Além disso, segundo a assessoria o número de manifestantes em frente à sede da Guarda Municipal somava cerca de 50.

Ainda segundo Pedro Ivo, o salário-base de um guarda é de R$ 1.375 e o vale-lanche é de apenas R$ 1,50. A categoria exige uma recomposição salarial, já que, segundo o sindicato, há quatro anos não é feito o reajuste. “O vale-lanche há dez anos não é reajustado, outras categorias da PBH recebem R$ 5,50”, disse. Em relação ao adicional de 5% do salário-base por adicional de risco deve-se à quantidade de atentados que a Guarda Municipal tem sofrido. “Nos últimos seis meses foram 10 atentados contra os guardas, em um deles, uma viatura foi metralhada e outras quatro foram atingidas por disparos de arma de fogo ou incendiadas”, relatou. A assessoria da Guarda Municipal informou que os guardas municipais de Belo Horizonte já utilizam coletes à prova de balas.

Os cargos de chefia da Guarda Municipal são outro questionamento dos protestantes. Segundo o presidente do Sindiguardas-MG, cerca de 200 policiais militares reformados assumiram cargos de chefia na Guarda Municipal. “Queremos essas pessoas fora desses cargos o mais rápido possível”, reivindicou. Mas, de acordo com a assessoria da Guarda Municipal, apenas cerca de 30 policiais militares reformados atuam em cargos de chefia, em várias áreas, da corporação.

A pauta de reivindicações foi entregue e protocolada nesta sexta-feira na sede da Guarda Municipal. Os manifestantes avaliam a possibilidade de fazer uma caminhada até a sede da Prefeitura de Belo Horizonte na avenida Afonso Pena, também no centro de BH. O presidente do SindiGuardas não descartou a hipótese de a categoria entrar em greve geral.

Por diversas vezes, a reportagem do Hoje em Dia tentou conversar com o comandante da Guarda Municipal, coronel Ricardo Beloni Menezes, mas não obteve sucesso.

Atualizada às 12h43.

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